Reserva de Luis Fabiano comanda triunfo de 4 a 2 sobre o Chile na festa da classificação ao Mundial da África do Sul

Seleção de Dunga prolonga sina dos chilenos, que nesta década perderam 8 de 9 duelos diretos; Argentina perde e vive situação crítica

Antonio Scorza/France Presse

O atacante Nilmar comemora um
de seus três gols em Salvador

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

Fazer três gols em um só jogo, e com a camisa da seleção brasileira, é raro. A não ser que do outro lado esteja o Chile.
Sem seus maiores astros, suspensos ou lesionados, o Brasil venceu o Chile por 4 a 2 ontem, em Salvador, pelas eliminatórias sul-americanas. Já classificado para a Copa de 2010, o time só cumpre tabela.
O herói foi o atacante Nilmar, que resolveu um jogo até complicado no estádio do Pituaçu ao fazer três gols -Júlio Baptista também marcou um.
"O Nilmar é um jogador que cumpre o que você pede e ainda faz alguma coisa a mais", elogiou o técnico do Brasil, Dunga.
Nos últimos quatro anos, só em quatro jogos um brasileiro marcou três vezes numa partida pela seleção. Três foram contra o Chile -além de Nilmar, Adriano, em 2005, e Robinho, em 2007, conseguiram o feito (a exceção foi Luis Fabiano, que fez três no confronto com Portugal, no ano passado).
"Sabia que, quando tivesse a chance, iria mostrar meu futebol. Espero que esse jogo me ajude a ir para a Copa", falou Nilmar, que anteontem disse que era um orgulho ser reserva de Luis Fabiano, artilheiro das eliminatórias, que não atuou ontem por suspensão.
O Chile de Marcelo Bielsa cumpriu a promessa de partir para o ataque, mas seguiu com sua crônica fragilidade defensiva quando joga contra o Brasil -em nove duelos nesta década (foram oito vitórias brasileiras e um empate), são agora 29 gols sofridos pelos chilenos.
O triunfo brasileiro foi a única boa notícia na rodada para a Argentina de Diego Maradona, que perdeu para o Paraguai, agora também já classificado, em Assunção, por 1 a 0.
Se tivesse vencido ontem, o Chile seria o terceiro classificado, deixando em aberto só uma vaga direta na América do Sul.
A Argentina caiu do quarto para o quinto lugar, que dá ao seu dono o direito da repescagem contra um time das Américas do Norte e Central. Mas os argentinos têm só dois pontos a mais que a Colômbia, a oitava colocada. E ainda fazem seu último jogo ante o Uruguai, outro que tem chances (tem um ponto a menos que a Argentina).
O Brasil fechará sua participação nas eliminatórias em outubro, contra Bolívia (fora) e Venezuela (em casa).


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