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CBF lava as mãos sobre Morumbi e ratifica Fifa
DA REPORTAGEM LOCAL
Não será do presidente da
CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014), Ricardo Teixeira, que o São Paulo
terá apoio para ter a abertura
do Mundial no Morumbi. Foi o
que deixou claro o cartola, ontem, em entrevista ao Sportv.
O estádio está sob ataque da
Fifa, cujo secretário-geral, Jérôme Valcke, considera inviável que seja sede de partidas
importantes da Copa.
Teixeira ratificou a crítica da
Fifa e lavou suas mãos sobre o
destino do Morumbi.
"Ninguém melhor do que o
secretário-geral da Fifa, que
coordena a Copa, para dizer
quem tem ou não condições para ser sede de jogos da Copa",
explicou Teixeira. "Fiz questão
de não participar da reunião
[entre a Fifa e as cidades-sedes]
e não vou decidir [sobre o Morumbi]. É uma questão eminentemente técnica."
É a Fifa que tem a palavra final sobre a utilização dos estádios. Os projetos de cada arena
serão analisados por técnicos
da entidade e do COL, que pode
interferir na escolha da sede da
abertura se houver empate.
Além do Morumbi, os estádios
de Belo Horizonte e Brasília
pleiteiam o jogo inaugural da
segunda Copa no Brasil.
Teixeira concorda com o secretário-geral da Fifa na crítica
sobre a falta de espaço no entorno do Morumbi para abrigar
centros para autoridades, patrocinadores e TVs.
"Você vai ao Mineirão e tem
espaço para 380 caminhões. No
Maracanã, tem menos. No Morumbi, menos ainda."
Tanto Teixeira quanto Val-
cke fazem essas observações
técnicas antes de analisar os
ajustes propostos pelo São Paulo para o projeto do Morumbi.
O clube contratou o GMP, escritório de arquitetura alemão
especializado em estádios, para
remodelar o projeto que vem
sofrendo reiteradamente críticas da Fifa. Mandou os detalhes
das mudanças na sexta-feira. O
COL ainda não analisou as novas plantas. Nem Valcke.
Quatro dias antes, havia estourado o prazo para os Estados lançarem licitações para a
reforma ou a construção das
arenas. Nenhuma das sedes o
cumpriu. Teixeira disse que o
COL abriu mão desse prazo. E,
agora, adiou o início das obras
das arenas. Antes, era fevereiro.
"Todos os estádios têm que
começar as obras no início de
março", declarou o dirigente.
Ele disse ainda que o custeio
dos estádios ocorrerá por PPPs
(parcerias público-privadas),
iniciativa privada ou BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
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