São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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Técnicos não duram nem um mês

Nordestinos Vitória e Ceará demitem treinadores que tinham menos de 30 dias no emprego

DE SÃO PAULO

A dança das cadeiras na carreira de treinador de futebol não é novidade. Porém Ceará e Vitória exageraram na dose ontem, ao mandarem embora seus comandantes -Mário Sérgio e Toninho Cecílio, respectivamente.
Ambos fizeram isso menos de um mês depois de contratarem esses profissionais.
Cecílio, que deixou o Grêmio Prudente na mão pela chance de trabalhar no mais tradicional Vitória, fez sua estreia no clube baiano no dia 11 de agosto. De lá para cá, comandou a equipe de Salvador em nove partidas, com um aproveitamento nem tão ruim assim (44%).
Menos paciência ainda teve a diretoria do Ceará. Depois da derrota para o líder Fluminense (3 a 1), no carioca Engenhão, os cartolas nordestinos decidiram que Mário Sérgio não servia mais. O treinador fez apenas seis jogos pelo clube, o primeiro no passado dia 21 de agosto.
"Infelizmente o futebol é baseado em resultados, e Mário Sérgio não conseguiu atingir os objetivos esperados no comando equipe. Achamos que era o momento de realizar uma mudança", declarou Evandro Leitão, o presidente do Ceará, que vai para o seu quarto técnico no Campeonato Brasileiro-10.
O primeiro deixou o clube por vontade própria. Ao receber convite do Vasco, Paulo César Gusmão não hesitou em deixar Fortaleza. Foi substituído por Estevam Soares, que também não teve muito tempo para agradar aos exigentes cartolas cearenses -comandou o clube em apenas seis rodadas do Brasileiro, que chegou a disputar a liderança no início.
Um dos motivos que explicam a queda de Toninho Cecílio foi o seu relacionamento ruim com grande parte do elenco, que chegou a receber críticas duras do treinador em cenas captadas pelas câmeras de televisão.
Até agora, 15 clubes trocaram de técnico durante o Nacional (o Corinthians foi um dos raros que fez isso por obrigação, já que Mano Menezes foi para a seleção).
Como alguns times fizeram isso mais de uma vez, a média de substituições está em praticamente uma a cada uma das 20 rodadas já disputadas pela competição.
E não faltam candidatos a engrossar essa lista nas próximas rodadas, incluindo até alguns figurões da prancheta, como Vanderlei Luxemburgo, que está na zona do rebaixamento com o Atlético-MG e tem sua pedida saída por parte da torcida.
Além de Luxemburgo, Dorival Jr. no Santos, Joel Santana, no Botafogo, Muricy Ramalho, no Fluminense, e Vagner Mancini, no Guarani, são os que resistem desde a primeira rodada do torneio.


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