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Técnicos não duram nem um mês
Nordestinos Vitória e Ceará demitem treinadores que tinham menos de 30 dias no emprego
DE SÃO PAULO
A dança das cadeiras na
carreira de treinador de futebol não é novidade. Porém
Ceará e Vitória exageraram
na dose ontem, ao mandarem embora seus comandantes -Mário Sérgio e Toninho
Cecílio, respectivamente.
Ambos fizeram isso menos
de um mês depois de contratarem esses profissionais.
Cecílio, que deixou o Grêmio Prudente na mão pela
chance de trabalhar no mais
tradicional Vitória, fez sua
estreia no clube baiano no
dia 11 de agosto. De lá para
cá, comandou a equipe de
Salvador em nove partidas,
com um aproveitamento
nem tão ruim assim (44%).
Menos paciência ainda teve a diretoria do Ceará. Depois da derrota para o líder
Fluminense (3 a 1), no carioca Engenhão, os cartolas nordestinos decidiram que Mário Sérgio não servia mais. O
treinador fez apenas seis jogos pelo clube, o primeiro no
passado dia 21 de agosto.
"Infelizmente o futebol é
baseado em resultados, e
Mário Sérgio não conseguiu
atingir os objetivos esperados no comando equipe.
Achamos que era o momento
de realizar uma mudança",
declarou Evandro Leitão, o
presidente do Ceará, que vai
para o seu quarto técnico no
Campeonato Brasileiro-10.
O primeiro deixou o clube
por vontade própria. Ao receber convite do Vasco, Paulo
César Gusmão não hesitou
em deixar Fortaleza. Foi
substituído por Estevam Soares, que também não teve
muito tempo para agradar
aos exigentes cartolas cearenses -comandou o clube
em apenas seis rodadas do
Brasileiro, que chegou a disputar a liderança no início.
Um dos motivos que explicam a queda de Toninho Cecílio foi o seu relacionamento
ruim com grande parte do
elenco, que chegou a receber
críticas duras do treinador
em cenas captadas pelas câmeras de televisão.
Até agora, 15 clubes trocaram de técnico durante o Nacional (o Corinthians foi um
dos raros que fez isso por
obrigação, já que Mano Menezes foi para a seleção).
Como alguns times fizeram isso mais de uma vez, a
média de substituições está
em praticamente uma a cada
uma das 20 rodadas já disputadas pela competição.
E não faltam candidatos a
engrossar essa lista nas próximas rodadas, incluindo até
alguns figurões da prancheta, como Vanderlei Luxemburgo, que está na zona do
rebaixamento com o Atlético-MG e tem sua pedida saída por parte da torcida.
Além de Luxemburgo, Dorival Jr. no Santos, Joel Santana, no Botafogo, Muricy Ramalho, no Fluminense, e
Vagner Mancini, no Guarani,
são os que resistem desde a
primeira rodada do torneio.
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