São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br

Balcão de negócios

A MESMA FIA que condenou a marmelada da Ferrari em Zeltweg-2002, que a multou em US$ 1 milhão sob o pretexto de quebra do protocolo no pódio e que criou regra proibindo o jogo de equipe absolve agora a escuderia após ato idêntico.
Oito anos atrás, em comunicado, a entidade afirmou "não ter apreciado a maneira como as ordens da equipe foram dadas e executadas no GP da Áustria".
Anteontem, anunciou que a proibição "deve ser revista" e que a questão será encaminhada para seu Grupo de Trabalho Esportivo.
Dá para entender?
Não, se você enxergar a FIA como uma entidade esportiva, com regulamento inviolável e sério, com dogmas e princípios, com respeito pelo próprio passado. Como são (ou pelo menos deveriam ser) as confederações dos grandes esportes.
Sim, se a FIA for percebida como um órgão político e comercial que decide ao sabor do momento. E que não tem pudores em dar giros de 180 nos seus princípios se isso lhe convier. Danem-se o passado e os precedentes.
Em 2002, a entidade era presidida por Mosley, que enfrentava uma dura queda de braço com as equipes.
Exatos 27 dias antes de Zeltweg, cinco montadoras haviam se reunido em Imola e, com Fiat (Ferrari) à frente, anunciaram uma nova liga para 2008, quando terminaria aquela versão do Pacto de Concórdia.
Mais: a FIA começava a se preocupar com o domínio avassalador de Schumacher e suas possíveis consequências econômicas.
A entidade hoje é presidida por Todt, o homem que apertou o botão para dar as ordens a Barrichello e que já decidiu um Paris-Dacar na moedinha. Para o Mundial, é interessantíssimo ter uma Ferrari lutando pelo título. Para a etapa de depois de amanhã, mais ainda.
O que vale é o negócio do momento. Assim a F-1 deve ser entendida. E curtida.
Do contrário, só virá incompreensão. E decepção.

ANIVERSÁRIO

Há 38 anos, Emerson Fittipaldi levava o 1º título, em Monza. No domingo, ele será comissário da prova

MOTO2

MAIS UM

Uma semana após a tragédia de Peter Lenz, outra morte nas motos. Comentando o acidente de Tomizawa, 19, Rossi falou em fatalidade: "Infelizmente ele continuou na trajetória das motos que vinham atrás". Sim, de duas: foi atropelado por De Angelis e Redding. Um grid um pouco mais enxuto ajudaria a prevenir atropelamentos. Em Misano, 38 largaram na Moto2. É um evidente exagero.


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