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Palmeiras usa jeito de Série B para ficar na elite
Marcelo Vilar testa esquema usado quando o time esteve na segunda divisão
O falso 3-5-2 havia sido implantado por Jair Picerni, em 2003, mas que fora enterrada por Leão quando o técnico trabalhou no clube
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Marcelo Vilar é um técnico
da chamada nova geração.
Sempre que pode, enaltece o
trabalho de profissionais como
psicólogos, fisioterapeutas e fisiologistas. Mas, na hora de colocar o time para jogar, é no trabalho de um outro profissional,
bem menos "antenado" com as
tendências de vanguarda do futebol, que o treinador palmeirense tem buscado inspiração.
Nos dois jogos em que comandou o time como técnico
efetivo, Marcelo Vilar, que tem
como principal objetivo manter o Palmeiras longe da zona
de rebaixamento, ressuscitou o
esquema que Jair Picerni usou
para levar o clube de volta da
Série B para a elite do Nacional.
Como fazia o já veterano treinador, em 2003, o atual comandante do Palmeiras tem escalado seus jogadores num esquema que, no papel, tem a linha
defesa com quatro atletas, mas
na prática funciona como um
3-5-2 que varia conforme o andamento do jogo.
A chave para essa variação,
que faz com que o time fique
com a linha de zaga reforçada
na hora de defender e tenta aumentar o poderio ofensivo do
time quando está com a posse
de bola, é Marcinho Guerreiro.
É ele quem se transforma no
terceiro zagueiro -no jogo de
anteontem contra o Flamengo,
por exemplo, isso acontecia para que Sávio recebesse marcação individual de Guerreiro- e
que se adianta para proteger o
meio-campo em caso de um
contragolpe do time rival.
A solução resgatada por Vilar
funcionou bem nas mãos de Picerni, quando o Palmeiras tentava não sucumbir à queda para
a Série B, voltando logo no primeiro ano. Naquela oportunidade, era Alceu -antes volante
e hoje zagueiro- o "curinga" do
esquema palmeirense.
Com a saída de Picerni, o sistema foi aos poucos sendo desativado por seus sucessores.
Porém Estevam Soares (em
2004) e Paulo Bonamigo (nos
dois meses que ficou no clube,
em 2005) ainda lançaram mão
do recurso em alguns jogos.
Foi Emerson Leão o responsável pelo sepultamento do esquema, que também não emplacou no gosto de Tite.
Mas, segundo Vilar, o Palmeiras não será refém de apenas uma maneira de jogar.
"Pretendo que o time tenha a
capacidade de jogar em um ou
outro sistema. A gente estuda o
adversária e muda."
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