São Paulo, terça-feira, 10 de outubro de 2006

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Palmeiras usa jeito de Série B para ficar na elite

Marcelo Vilar testa esquema usado quando o time esteve na segunda divisão

O falso 3-5-2 havia sido implantado por Jair Picerni, em 2003, mas que fora enterrada por Leão quando o técnico trabalhou no clube

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Marcelo Vilar é um técnico da chamada nova geração. Sempre que pode, enaltece o trabalho de profissionais como psicólogos, fisioterapeutas e fisiologistas. Mas, na hora de colocar o time para jogar, é no trabalho de um outro profissional, bem menos "antenado" com as tendências de vanguarda do futebol, que o treinador palmeirense tem buscado inspiração.
Nos dois jogos em que comandou o time como técnico efetivo, Marcelo Vilar, que tem como principal objetivo manter o Palmeiras longe da zona de rebaixamento, ressuscitou o esquema que Jair Picerni usou para levar o clube de volta da Série B para a elite do Nacional.
Como fazia o já veterano treinador, em 2003, o atual comandante do Palmeiras tem escalado seus jogadores num esquema que, no papel, tem a linha defesa com quatro atletas, mas na prática funciona como um 3-5-2 que varia conforme o andamento do jogo.
A chave para essa variação, que faz com que o time fique com a linha de zaga reforçada na hora de defender e tenta aumentar o poderio ofensivo do time quando está com a posse de bola, é Marcinho Guerreiro.
É ele quem se transforma no terceiro zagueiro -no jogo de anteontem contra o Flamengo, por exemplo, isso acontecia para que Sávio recebesse marcação individual de Guerreiro- e que se adianta para proteger o meio-campo em caso de um contragolpe do time rival.
A solução resgatada por Vilar funcionou bem nas mãos de Picerni, quando o Palmeiras tentava não sucumbir à queda para a Série B, voltando logo no primeiro ano. Naquela oportunidade, era Alceu -antes volante e hoje zagueiro- o "curinga" do esquema palmeirense.
Com a saída de Picerni, o sistema foi aos poucos sendo desativado por seus sucessores. Porém Estevam Soares (em 2004) e Paulo Bonamigo (nos dois meses que ficou no clube, em 2005) ainda lançaram mão do recurso em alguns jogos.
Foi Emerson Leão o responsável pelo sepultamento do esquema, que também não emplacou no gosto de Tite.
Mas, segundo Vilar, o Palmeiras não será refém de apenas uma maneira de jogar. "Pretendo que o time tenha a capacidade de jogar em um ou outro sistema. A gente estuda o adversária e muda."


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