|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Corinthians é ainda pior no 2º tempo
Rubens Cavallari/Folha Imagem
|
Rafael Moura, último corintiano a marcar no 2º tempo de um jogo, embarca para a Argentina, ontem |
É na fase final dos jogos que o ataque da equipe de Leão, de volta à zona de descenso, exibe a sua face mais improdutiva
Inoperância ofensiva do clube, que registra seu pior ataque no Brasileiro desde 97, é agravada por erros nas substituições e expulsões
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Se é verdade que Amoroso
deixou um gol de honra, anteontem, em Goiânia -algo cada vez mais raro na trajetória
corintiana em 2006-, o time
completou quatro jogos com
uma marca no mínimo preocupante para quem quer reagir.
No dia 21 de setembro, o corintiano que acompanha com
sofrimento uma das piores
campanhas da história do seu
clube viu pela última vez um segundo tempo de brio.
Foi naquela data que o time
suou para empatar com o Vasco
no segundo tempo, com um gol
de Rafael Moura que permitiu
o 1 a 1. De lá para cá, o Corinthians, que já tem seu pior ataque no Brasileiro desde 1997,
têm sido um desgosto na etapa
final, colecionando erros que
minam o poder de reação de
qualquer time.
Nos últimos quatro jogos
(empates contra Inter e Lanús,
derrotas para Santos e Goiás),
um fato em comum: nenhum
gol foi marcado no segundo
tempo. Na verdade, foram apenas dois tentos, deixados no
primeiro tempo, quando os jogos ainda tinham solução.
Pior ataque do torneio, ao lado do São Caetano, com 26 gols,
o Corinthians tem média de
0,92 gol por jogo, um vexame
para um defensor de título do
Brasileiro. Número ruim para
quem tinha, no começo da
competição, atacantes de respeito como Tevez, que debandou, e Nilmar, que lesionou o
joelho. E que hoje amarga um
lugar na zona de descenso.
A última vez que o clube viu
um ataque tão improdutivo foi
em 1997, quando tinha Mirandinha, Donizete e Agnaldo. A
equipe fez 23 gols em 25 jogos
do Nacional e também ficou na
média de 0,92 gol por jogo.
Nas duas últimas derrotas
deste Brasileiro, para complicar, o time ainda teve expulsos
Magrão (contra o Santos) e Betão (ante o Goiás), ainda que a
última possa ser considerada
um erro da arbitragem. E, como
segundo tempo é mundialmente conhecido como "hora de
mexer no time", o técnico
Emerson Leão não tem sido feliz nas suas substituições.
Anteontem, o resultado e os
erros da arbitragem de Elvécio
Zequetto fizeram o treinador
corintiano se negar a dar a entrevista coletiva no estádio do
Serra Dourada.
Amanhã, em Lanús, a equipe
do Parque São Jorge poderá, ao
menos, dar uma satisfação à
sua torcida. Caso vença o time
argentino ou empate com gols,
passa às quartas-de-final do
torneio. No primeiro jogo, em
São Paulo, houve empate em 0
a 0. A hora é de calma e também
de cobrança por empenho.
"Precisamos ter tranqüilidade, mas cada um tem que dar
um pouco mais", afirmou o lateral-esquerdo César, ansioso
por classificar o time no torneio continental e obter um
pouco mais de paz.
Por outro lado, o time de Oscar Ruggeri também procura a
calmaria, após ter sido derrotado em casa pelo Estudiantes de
La Plata por 3 a 0, pela última
rodada do Campeonato Argentino. Foi a quarta derrota em
dez jogos da equipe, que está na
12ª posição na tabela vizinha.
Ontem, o treino pela manhã
foi reservado apenas aos atletas
que não atuaram em Goiânia
no 3 a 1 para o Goiás.
O time embarcou ontem à
noite no aeroporto de Guarulhos rumo à terra de Carlitos
Tevez, Mascherano e Sebá.
Texto Anterior: Soninha: Dever do ofício Próximo Texto: Expulsões: Time lidera lista com folga Índice
|