São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Timemania terá novas cotas aos clubes em 2010, alerta CEF

Critério técnico dará lugar à popularidade na definição de repasses da loteria

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Caixa Econômica Federal alertou os clubes de futebol sobre a importância de suas estratégias de marketing em relação ao quinhão da verba da Timemania que irão receber. É delas que dependerá diretamente, em três anos, o volume do pagamento de cada time por emprestar as suas marcas. A nova loteria chega ao mercado no início do próximo ano.
""A partir de 2010, a quantidade de vezes que uma equipe aparecer nas apostas definirá em que grupo de remuneração ele aparecerá", lembrou Paulo Toncovitch, manager do setor de loterias da CEF, ontem, durante seminário na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
Hoje, os grupos 1, 2 e 3 da loteria Timemania são formados por, respectivamente, equipes da séries A e B do Campeonato Brasileiro e times selecionados por um misto de critérios técnicos e também mercadológicos.
Os times da Série A dividirão 65% da arrecadação da loteria. Equipes da B, 25%, e as 40 equipes do grupo 3 levam 8%.
A partir de 2010, a divisão dos times pelos grupos 1, 2 e 3 será regida pelo volume de apostas em que os clubes aparecerão. Quanto mais popular, mais alta sua posição entre seus pares.
Toncovitch lamentou ontem o desinteresse dos clubes.
Com a presença do presidente do Sindicato dos Clubes, Mustafá Contursi, e de algumas poucas equipes, como Figueirense e Paulista, o número de times foi pífio, cerca de oito.
""Seria bom que os clubes que estão aqui hoje [ontem] repassassem as informações aos seus colegas", pediu Toncovitch. ""Os clubes são sócios na Timemania, seria bom que trabalhassem o marketing. Dissessem à torcida: "Olha, apostem"."
O gestor lembrou que o volume das dívidas fiscais dos clubes seguirá inalterado, mas a verba obtida com a Timemania pode sofrer mudança por conta da mobilidade entre grupos.
""Quando ficamos sabendo que essa seria a regra, ficamos surpresos. Achávamos que os dois primeiros grupos seriam sempre formados por times das séries A e B. Mas, já que não será assim, temos de trabalhar de acordo com as regras", lamentou João Gonçalves Filho, vice financeiro do Figueirense, que estava presente ao seminário.
Segundo Gonçalves, o clube, que disputa a Série A, estuda meios para conquistar apelo estadual. Assim, poderia garantir sua permanência no grupo 1.


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