São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2008

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São Paulo ganha e vitamina clássico com o Palmeiras

Após suar para bater o Náutico, no Morumbi, time fica a dois pontos do adversário paulista, com quem fará duelo decisivo

São Paulo 1
Náutico 0

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com com um gol no final da partida, o que permitiu a vitória magra de 1 a 0, o São Paulo bateu o Náutico ontem, no Morumbi, e apimentou o clássico com o Palmeiras, que acontece no dia 19, no Parque Antarctica.
Com 52 pontos, o São Paulo está agora a dois do rival da capital, atual vice-líder do Brasileiro. O resultado deixou ainda o time de Muricy Ramalho no G4, mas dependente de um tropeço do Flamengo, que joga amanhã, para fechar a rodada do Nacional em quarto lugar.
"Essa vitória valoriza o clássico. Agora o jogo contra o Palmeiras vale posição direta. No domingo [dia 19], vamos para a batalha no Parque Antarctica", falou o capitão Rogério.
Mal o jogo começou, o São Paulo sofreu uma baixa significativa. Joílson sofreu forte entorse no tornozelo esquerdo e obrigou o técnico Muricy Ramalho a colocar Jancarlos em campo antes dos 5min.
O Náutico mostrou logo sua intenção de empatar. Sem a bola, todos os seus jogadores ficavam no campo de defesa.
Com dificuldade para achar espaços e sem ter a quem marcar, o time ficou rodando a bola. Rogério atuou como líbero e chegou a cruzar o meio-campo conduzindo a bola para empurrar o time ao ataque.
Com uma barreira de cinco homens à frente da área, o Náutico fez o time de Muricy explorar os lançamentos. Eficiente, a linha de impedimento dos pernambucanos anulou a maioria dos ataques são-paulinos.
O time da casa não teve medo de se expor, mas ficou vulnerável aos contra-ataques. Em dois momentos, o goleiro Rogério fez o corte fora da área, uma vez com a cabeça e outra dando um chutão para a lateral.
No fim do primeiro tempo, a partida esquentou. Borges e Dagoberto perderam duas ótimas chances. Pelo Náutico, Felipe arrancou pela esquerda e, num chute cruzado, obrigou Rogério a espalmar para o lado.
O São Paulo terminou o primeiro tempo sob vaias, porém Rogério pediu calma. "O time teve algumas chances, mas faltou tranqüilidade na hora de chutar. O problema é que o Náutico está todo em seu campo e fica difícil achar espaços."
No segundo tempo, o São Paulo voltou com mais velocidade, mas esbarrou novamente no sistema defensivo do rival. Aliado à dificuldade de furar a defesa adversária, a equipe do Morumbi passou a conviver com os apupos da torcida.
As entradas de Richarlyson, no lugar de Jorge Wagner, e André Lima, na vaga de Dagoberto, não surtiram efeito, e a partida prosseguiu arrastada.
Agitado na beira do campo, Muricy seguiu cobrando movimentação da equipe, mas os erros de passe facilitavam a marcação do time pernambucano.
O jogo ficou dramático, e o São Paulo passou a depender de uma bola alçada na área ou de uma jogada individual que desmontasse a retranca rival.
E o gol acabou saindo de seu atleta mais habilidoso em campo. Hernanes entrou pela esquerda, achou espaço para o chute e finalizou cruzado para fazer 1 a 0, aos 38min.
O gol tirou o sofrimento da torcida, que cessou as reclamações e passou a entoar gritos de "é campeão" até o final.


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