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São Paulo ganha e vitamina clássico com o Palmeiras
Após suar para bater o Náutico, no Morumbi, time fica a dois pontos do adversário paulista, com quem fará duelo decisivo
São Paulo 1
Náutico 0
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com com um gol no final da
partida, o que permitiu a vitória
magra de 1 a 0, o São Paulo bateu o Náutico ontem, no Morumbi, e apimentou o clássico
com o Palmeiras, que acontece
no dia 19, no Parque Antarctica.
Com 52 pontos, o São Paulo
está agora a dois do rival da capital, atual vice-líder do Brasileiro. O resultado deixou ainda
o time de Muricy Ramalho no
G4, mas dependente de um tropeço do Flamengo, que joga
amanhã, para fechar a rodada
do Nacional em quarto lugar.
"Essa vitória valoriza o clássico. Agora o jogo contra o Palmeiras vale posição direta. No
domingo [dia 19], vamos para a
batalha no Parque Antarctica",
falou o capitão Rogério.
Mal o jogo começou, o São
Paulo sofreu uma baixa significativa. Joílson sofreu forte entorse no tornozelo esquerdo e
obrigou o técnico Muricy Ramalho a colocar Jancarlos em
campo antes dos 5min.
O Náutico mostrou logo sua
intenção de empatar. Sem a bola, todos os seus jogadores ficavam no campo de defesa.
Com dificuldade para achar
espaços e sem ter a quem marcar, o time ficou rodando a bola.
Rogério atuou como líbero e
chegou a cruzar o meio-campo
conduzindo a bola para empurrar o time ao ataque.
Com uma barreira de cinco
homens à frente da área, o Náutico fez o time de Muricy explorar os lançamentos. Eficiente, a
linha de impedimento dos pernambucanos anulou a maioria
dos ataques são-paulinos.
O time da casa não teve medo
de se expor, mas ficou vulnerável aos contra-ataques. Em dois
momentos, o goleiro Rogério
fez o corte fora da área, uma vez
com a cabeça e outra dando um
chutão para a lateral.
No fim do primeiro tempo, a
partida esquentou. Borges e
Dagoberto perderam duas ótimas chances. Pelo Náutico, Felipe arrancou pela esquerda e,
num chute cruzado, obrigou
Rogério a espalmar para o lado.
O São Paulo terminou o primeiro tempo sob vaias, porém
Rogério pediu calma. "O time
teve algumas chances, mas faltou tranqüilidade na hora de
chutar. O problema é que o
Náutico está todo em seu campo e fica difícil achar espaços."
No segundo tempo, o São
Paulo voltou com mais velocidade, mas esbarrou novamente
no sistema defensivo do rival.
Aliado à dificuldade de furar a
defesa adversária, a equipe do
Morumbi passou a conviver
com os apupos da torcida.
As entradas de Richarlyson,
no lugar de Jorge Wagner, e
André Lima, na vaga de Dagoberto, não surtiram efeito, e a
partida prosseguiu arrastada.
Agitado na beira do campo,
Muricy seguiu cobrando movimentação da equipe, mas os erros de passe facilitavam a marcação do time pernambucano.
O jogo ficou dramático, e o
São Paulo passou a depender de
uma bola alçada na área ou de
uma jogada individual que desmontasse a retranca rival.
E o gol acabou saindo de seu
atleta mais habilidoso em campo. Hernanes entrou pela esquerda, achou espaço para o
chute e finalizou cruzado para
fazer 1 a 0, aos 38min.
O gol tirou o sofrimento da
torcida, que cessou as reclamações e passou a entoar gritos de
"é campeão" até o final.
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