SÉRIE A Clube inicia mesma reta final que a abateu no ano passado

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O Palmeiras começa hoje uma contagem regressiva que, no ano passado, foi decisiva para o seu fracasso no Campeonato Brasileiro.
Contra o Botafogo, no Engenhão, o time paulista faz o primeiro de seus últimos dez jogos na competição tentando inverter os resultados que obteve na última temporada.
Afinal, há um ano, o Palmeiras começou esta 29ª rodada na liderança da competição, com 54 pontos, cinco a mais do que o São Paulo. Mas os dois empates e as seis derrotas na reta final deixaram a equipe palmeirense na quinta colocação -ficou de fora até da zona da Libertadores.
A seu favor, a boa fase.
Luiz Felipe Scolari parece ter acertado o time, que não perde há cinco jogos -seu melhor embalo da temporada. E, por coincidência, o Palmeiras tem os mesmos 42 pontos que o Flamengo tinha nesta mesma altura do campeonato de 2009. Em uma arrancada fulminante, com oito vitórias em dez jogos, os cariocas faturaram o título.
Seguindo a mesma lógica, o Palmeiras teria chances de conquistar o título se alcançasse a mesma marca. No ano passado, conquistou apenas 8 dos 30 pontos que disputou na reta final.
Outra coincidência é o adversário de hoje. Foi a derrota ante o Botafogo, na última rodada do Brasileiro do ano passado, que tirou a vaga da Libertadores do Palmeiras.
Os palmeirenses, porém, deixam claro que, se ainda há algum vislumbre neste Nacional, é por uma vaga no campeonato continental.
Mesmo assim, o discurso continua bastante cauteloso, como já declarou Scolari.
"Estamos muito atrás. Podemos sonhar [com a vaga na Libertadores] através da Sul-Americana, mas não pelo Brasileiro", disse Scolari.
O desafio do Palmeiras, de fato, não é dos mais simples.
Após encarar o Botafogo, que está na sua frente da tabela, enfrentará Corinthians, Atlético-PR, Fluminense e Cruzeiro, todos na luta por título ou Taça Libertadores-2010.
Para Scolari, o Palmeiras não tem mais as dificuldades que tinha há dois meses. "A gente dizia que teríamos problemas que os outros não tinham, pois contratamos jogadores sem condições físicas e tivemos muitas lesões. Agora outros times estão vivendo o que nós já vivemos."