F-1 Vistoria da FIA em pista de US$ 200 milhões dará palavra final sobre GP marcado para o próximo dia 24

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SUZUKA

Após meses de incerteza, rumores e preocupação, expira amanhã o prazo para a F-1 saber se correrá pela primeira vez na Coreia do Sul.
Hoje, véspera da vistoria no circuito, centenas de operários colocariam a última camada de asfalto na pista.
Para assegurar que tudo fique pronto a tempo da vistoria de Charlie Whiting, o inspetor de segurança da FIA, toneladas de material e pelo menos meia dúzia de equipamentos foram despachados da Alemanha para a Coreia.
Em Suzuka, onde na madrugada de hoje seria realizado o GP do Japão, a incerteza sobre a corrida sul-coreana, daqui a duas semanas, foi assunto recorrente.
"Apoiamos a decisão da FIA de correr na Coreia", disse Norbert Haug, diretor da Mercedes. "Claro que gostaríamos de que a pista tivesse ficado pronta antes, mas tenho certeza de que há boas justificativas para o atraso."
Uma das razões foi a demora do governo local em aprovar leis para que a construção começasse em 2009.
Foi necessário mover mais de 6 milhões de toneladas de terra. Estima-se que o custo da obra, bancada pelo governo, seja de US$ 200 milhões. Por contrato, o GP está assegurado até 2016, com opção de renovação até 2021.
A previsão inicial era que as obras estivessem prontas até julho. Com os atrasos, a data da colocação da última camada de asfalto coincidiu com feriados nacionais. A execução foi adiada, e aí veio a chuva, que castigou a região nas últimas semanas.
Foi por isso que Whiting cancelou a vistoria que faria no local após o GP de Cingapura, há duas semanas.
A chance de cancelamento da corrida, apesar de remota, poderia ter influência direta na decisão do campeonato.
Dos pilotos ainda na disputa pelo título, Fernando Alonso foi o único a não manifestar grande preocupação com esta possibilidade.
"Acho que isso não faria grande diferença para quem está entre os três primeiros no Mundial", disse Alonso.


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