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Milionário vira opção a Blatter
FIFA
Dono da Hyundai se projeta como pré-candidato à presidência nas eleições de 2011
DE SÃO PAULO
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, 74, pode ter como rival nas eleições do próximo ano um dos vice-presidentes do Comitê Executivo.
O sul-coreano Chung
Mong-joon, 58, um dos proprietários do Grupo Hyundai, afirmou que pensa em se
candidatar ao cargo no pleito
que será realizado em maio.
A Hyundai é um das principais patrocinadoras da entidade. Na Copa do Mundo,
deu nome ao prêmio de melhor jogador jovem, dado ao
atacante alemão Mueller.
O anúncio de Mong-joon
surge pouco depois do presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), Mohamed bin Hammam, do Qatar,
desistir da candidatura para
apoiar a reeleição de Blatter.
"Eu não estava pensando
seriamente nessa possibilidade, mas agora estou. Ainda é cedo para dizer que vou
disputar as eleições. Mas, para manter saudável uma organização como a Fifa, você
precisa de competição", disse o pré-candidato asiático.
Até agora, somente Blatter
tem presença certa no pleito.
Ocupando a presidência da
Fifa desde 1998, o suíço vai
tentar seu quarto mandato.
Blatter era o braço direito
de João Havelange e assumiu
o cargo depois da aposentadoria do brasileiro. Ele venceu o sueco Lennart Johansson em eleições marcadas
por acusações de suborno.
Quatro anos depois, o adversário batido por Blatter foi
o camaronês Issa Hayatou. O
africano contava com o apoio
Mong-joon, que dizia que seu
candidato seria o homem
que "limparia a entidade".
Após conseguir estender
seu mandato por um ano,
"para que as eleições não
mais coincidissem com a Copa", o presidente não teve
nenhum rival no pleito seguinte, realizado de 2007.
Ciente de que Blatter é
favorito para conquistar
mais quatro anos à frente da
Fifa, o pré-candidato da Coreia do Sul admitiu que já
pensa nas eleições de 2015.
Com a possível aposentadoria do mandatário, a disputa promete ser movimentada. O presidente da CBF,
Ricardo Teixeira, tem interesse no cargo, assim como o
secretário-geral da entidade,
o francês Jêróme Valcke.
"Haverá vários candidatos
da América do Sul, da Ásia e
também de outras confederações. É importante assegurar
que a democracia da Fifa não
seja reduzida a uma mera reflexão dos grupos de interesse", afirmou Mong-joon.
O Comitê Executivo da Fifa
tem sete vice-presidentes,
entre eles estão o francês Michel Platini, mandatário da
Uefa, e o argentino Julio
Grondona, que ocupa o cargo mais alto, o de vice sênior.
ELEIÇÕES CONTINENTAIS
Enquanto se prepara para
tentar assumir o comando da
entidade, o magnata da
Hyundai corre o risco de perder o posto de vice-presidente representando a Ásia.
O príncipe Ali Bin al-Hussein, da Jordânia, revelou
que será adversário de Mong--joon nas eleições de janeiro.
"Meu objetivo é restaurar
os valores do "fair play", princípio-chave da Fifa, e construir um novo balanço entre
os países asiáticos, que beneficiará a todos, grandes ou
pequenos, ricos ou pobres."
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