São Paulo, domingo, 10 de novembro de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Ao vivo
A Globo decidiu que vai transmitir a segunda divisão do Brasileiro-2003. Após reunião da cúpula da Globo Esportes com os responsáveis pela programação, ficou acertado que a emissora vai pedir à CBF para marcar os jogos dos grandes que caírem para os sábados à tarde.

Contas
A Globo avalia que pelo menos um grande já caiu. E que, na pior das hipóteses, o número pode subir para três.

Coração partido
Marcelo Campos Pinto e Júlio Mariz, executivos da Globo Esportes e torcedores do Fluminense, estão divididos. Avaliam que é ruim para a TV a queda do Flamengo, a maior torcida do país. Mas, lá no fundo, brincam que não vão ficar tão tristes se os arqui-rivais Botafogo e Fla forem para a segundona.

Popstar
A fase no São Paulo é tão boa que o diretor de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, deu autógrafos a torcedores no CT da Barra Funda. Assinou "Leco", seu apelido.

Arrumar dinheiro
Marcelo Portugal Gouvêa quer fechar até o fim do Brasileiro os patrocínios de camisa para 2003. Ele tem até 20 de dezembro para apresentar aos conselheiros o orçamento do ano que vem. Os contratos com a Penalty e com a LG estão para expirar.

No escuro
O presidente do São Paulo reclama que ninguém sabe quanto os clubes vão receber da TV em 2003. "Em qualquer outro segmento, as empresas já estão fazendo seu planejamento. Não é possível que, em novembro, a gente não saiba com que recursos vai contar."

Pé-frio
Mustafá Contursi está sendo aconselhado a não ir ao jogo contra o Fla, decisivo para o Palmeiras. Seus opositores dizem que, quando o dirigente não ia ao campo, o time só ganhava. Agora que decidiu acompanhar seus comandados de perto, o time titular perde até treino.

Tempo ao tempo
Fábio Koff pretende esperar pelo menos até a próxima semana para reunir os 20 grandes. O presidente do Clube dos 13 avalia que um encontro agora só servirá para aprofundar o racha na entidade.

Mea culpa
Quando se reunir com os dirigentes, Koff dirá que não é o único responsável pelo fato de a Liga Nacional ter sido cassada pela CBF. Argumentará que o estatuto da entidade permitia que a eleição fosse convocada por um terço dos 52 times da Liga, independentemente de sua vontade. E que eles não o fizeram porque não quiseram.

De olhos fechados
Luiz Felipe Scolari foi aconselhado por amigos no Sul a não pedir muito à Federação Portuguesa e a aceitar o convite dos europeus. Na opinião deles, uma boa campanha com a seleção portuguesa na Euro-2004 será a única alternativa para o pentacampeão treinar um grande clube do velho continente.

Briga à portuguesa
O vice de futebol da Lusa, Jerônimo Gomes, criticou ontem o vascaíno Eurico Miranda, que disse, em entrevista a uma rádio portuguesa, que Scolari não deveria ser contratado. "Ele é a pessoa ideal para assumir o time. Lá, não há bons técnicos."

Fraude?
O clima nas eleições do Botafogo esquentou de vez. O oposicionista Bebeto de Freitas acusou Solon dos Santos, candidato a vice pela situação, de fraudar carteiras de sócios para ganhar o pleito de terça-feira. O ex-técnico da seleção brasileira de vôlei pediu ajuda a Carlos Dias (PT). O deputado estadual solicitou fiscalização do Ministério Público do Rio na eleição.

Troca de acusações
O candidato da situação, Alberto Macedo, diz que o caso tem que ser apurado. Mas atira. Afirma que quem ter que dar explicações é Bebeto, que, segundo ele, levou para o Atlético-MG um projeto de centro de treinamento que era do Botafogo.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Antonio Roque Citadini, vice de futebol do Corinthians, sobre a CBF:
- Nem os governos militares utilizaram tanto a seleção brasileira para fazer política quanto Ricardo Teixeira.

CONTRA-ATAQUE

No conozco!

O treino do Palmeiras havia acabado e um dos primeiros a sair em direção aos repórteres foi o lateral Arce, a estrela paraguaia da equipe de Levir Culpi.
O assunto, claro, era a expectativa dele a respeito da partida decisiva (mais uma) contra o Flamengo, que acontece na próxima quarta-feira.
O Palmeiras de Arce e o time carioca correm sérios riscos de rebaixamento. Foi quando um repórter perguntou:
- Arce, você vê o jogo dramático contra o Fla como um "divisor de águas" para o Palmeiras?
O lateral pensou, ensaiou uma dessas respostas-padrão de jogador de futebol, mas desistiu, meio sem jeito.
- Divisor de águas? Não sei o que é isso.
Explicação dada, Arce entendeu então o questionamento e mandou, logicamente, uma resposta-padrão de jogador de futebol. Depois, emendou:
- Essa de "divisor de águas" eu nunca tinha ouvido falar.
E foi embora, rindo, aparentemente tentando desvendar qual era a relação daquela história das águas com futebol.


Próximo Texto: O que ver na tv
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.