DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, afirmou ontem que o número de atletas flagrados no antidoping na Olimpíada de Pequim, encerrada em agosto, pode chegar a 15.
"Durante os Jogos, houve oito casos. E mais sete que estão sendo estudados. Por isso, o total poderá ser de 15", afirmou ele.
"Mas avançamos com grande prudência. Espero ter esses resultados entre quatro e seis semanas", acrescentou o dirigente.
Rogge defendeu que o período de suspensão dos flagrados para EPO (eritropoietina) passe de dois para quatro anos.
A droga, fartamente usada no ciclismo, estimula a produção de glóbulos vermelhos, melhorando a oxigenação sangüínea.
Recentemente, uma variação da EPO, o Cera (Ativador Contínuo do Receptor de Eritropoietina, na sigla em inglês), passou a ser utilizada por atletas.
O Cera foi lançado pela Roche em 2007 para combater a anemia em pacientes com doença renal crônica. Como seus efeitos se aproximam mais dos processos fisiológicos do organismo, é uma droga difícil de ser detectada.
Por conta disso, o COI estabeleceu, em outubro, um "recall" antidoping das cerca de 5.000 amostras coletadas durante a Olimpíada. O comitê armazena esse material por oito anos, podendo realizar novas análises no período.