São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2010

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Sistema do FBI contra violência é testado em jogo no Engenhão

SEGURANÇA
Nos EUA, ferramenta é utilizada no Super Bowl

DO RIO

Uma nova ferramenta norte-americana de segurança testada no Engenhão, durante o clássico entre Fluminense e Vasco, foi aprovada pela Policia Militar. Criada pelo FBI, a LEO (Law Enforcement Online -Execução da Lei Online, em português) deve ser instalada em outros estádios brasileiros.
Utilizado desde 1994 pela Polícia Federal dos Estados Unidos durante a Copa do Mundo e no Super Bowl, a final do futebol americano, o sistema permite a comunicação integrada entre todos os órgãos que trabalham na segurança do estádio, como Polícia Civil, Polícia Militar, Defesa Civil, Guarda Municipal e a do próprio local.
Nos Estados Unidos, a LEO conta com 46 mil membros registrados. Eles têm acesso a informações sobre segurança publicadas nesse sistema durante 24 horas por dia.
Há também subdivisões sobre temas específicos, como terrorismo e tráfico de drogas, onde informações são compartilhadas. A ferramenta também contém ensino à distância e biblioteca virtual com publicações de interesse dos usuários.
De acordo com o major Fábio Cajueiro, chefe do CCI da PM (Centro de Comunicação e Informática da Polícia Militar), qualquer ocorrência registrada na região é vista no sistema e dividida em cores. O verde indica um fato sem muita gravidade, como uma pequena briga. O amarelo requer atenção, e o vermelho aponta alerta máximo.
"Essa primeira experiência foi válida. Agora vamos combinar outras datas para mais testes, quem sabe no Carnaval", disse Cajueiro. Para o major, o uso do sistema poderá levar à diminuição de ocorrências policiais em locais com grande concentração de pessoas.
"Qualquer um pode pedir o serviço ao FBI. No Rio, testamos no Engenhão por causa da aproximação dos Jogos Olímpicos e da Copa , mas daqui a pouco outros estados também terão", declarou.
O adido do FBI no Brasil, Steven Garrard, disse que a parceria entre o órgão e a polícia começou neste ano e que os Estados Unidos arcaram com todas as despesas. "Não sei dizer quanto gastamos, mas nós oferecemos todo o equipamento."
Dois centros de operações foram instalados: um deles em um ônibus em frente ao Engenhão e o outro dentro do estádio. Nos EUA, houve queda nas ocorrências após a instalação do sistema.


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