São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

JUCA KFOURI

Brasilei...rão ou inho?


Aumentativo na emoção, mas diminutivo na técnica? Qual é a verdade deste campeonato?

A ÚLTIMA RODADA do Campeonato Brasileiro trouxe de volta a discussão que acompanha o torneio quase desde que ele começou, marcado mais por derrotas dos times que aspiram ao título do que por vitórias que comprovem o merecimento.
Parece claro que um time que fez, no máximo, três grandes apresentações em todo o correr da temporada não merece a faixa de campeão, caso do líder Corinthians, que continua a ser o maior candidato.
O 5 a 0 no São Paulo, o 1 a 0 no Inter e o 2 a 1 no Flamengo, todos no Pacaembu, não justificam a conquista do pentacampeonato por um time que não tem ninguém, nem sequer um jogador, que arranque suspiros do torcedor.
Mas, repita-se, este time médio, que acumulou pontos quando seus adversários estavam distraídos por outras competições, está em vias de ganhar a taça, porque tem pela frente, apesar de todos os pesares e vexames como o do Parque do Sabiá (ou seria do Urubu?), a tabela mais amigável.
Tão amigável que, exceção feita ao jogo em Florianópolis, contra o Figueirense, não há nenhum adversário no caminho corintiano que exija uma grande apresentação para conquistar a vitória, porque, convenhamos, o Furacão, o Vozão e este Verdão não assustam ou não deveriam assustar quem jogue para ser campeão, outros que são ÃOS apenas nos apelidos neste momento. Sobra o Galo, em recuperação, mas a exemplo do xará paranaense e do Palmeiras, na qualidade de visitante, no Pacaembu.
A diferença do Corinthians para seus concorrentes está no talento de jogadores decisivos que os rivais têm e o alvinegro não tem: Juninho Pernambucano, Diego Souza, Fred, Deco, Rafael Sóbis, Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Renato ou mesmo Loco Abreu, longe de ser craque, mas alguém que encarnou seu time como ninguém nesta sofrível campanha corintiana.
Sim, é fato que todos estão atrás do Corinthians e com campanhas irregulares. Que nenhum enche os olhos como o Santos, por exemplo, que é carta fora desse baralho, para sorte ampla, geral e irrestrita.
Mas, para qualquer um dos quatro pretendentes cariocas -que, repita-se, têm um indigesto mata-mata entre eles pela frente, maior aliado do Corinthians-, o eventual título será inesquecível e com algum elemento que rime com talento.
Para o corintiano, a sensação será de alívio, um gigantesco UFA!, um pouco irritado, até.

blogdojuca@uol.com.br


Texto Anterior: Após furor, cartola lança candidatura
Próximo Texto: Padrão Gabão
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.