|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Taekwondo amarga zebra em pré-olímpico
Diogo Silva cai e deixa país
sem vaga em sua categoria
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeiro medalhista de ouro
do Brasil no Pan do Rio e lutador que mais longe levou o
taekwondo do país em uma
Olimpíada, Diogo Silva não deve ir aos Jogos de Pequim.
O brasileiro, quarto colocado
em Atenas-2004, perdeu para o
peruano Peter Lopez na primeira rodada do Pré-Olímpico
de Cali, na Colômbia. Com isso,
deixou o Brasil sem uma vaga
na categoria até 68 kg.
Lopez havia sido derrotado
por Diogo na final do Pan.
Anteontem, o taekwondo
brasileiro havia obtido sua primeira vaga na China. Márcio
Wenceslau, vice-campeão
mundial e vice-campeão pan-americano na categoria até 58
kg, venceu a seletiva.
Ontem à noite, Natália Falavigna (67 kg) e Débora Nunes
(57 kg) também classificaram
suas categorias para Pequim.
Os três primeiros colocados
de cada categoria ganham vaga
para o seu país na Olimpíada.
Os representantes de cada delegação serão definidos mais
tarde, segundo os critérios de
cada confederação nacional.
Wenceslau estreou contra
Ramphis Murray, de Aruba,
com vitória por 4 a 2. Depois,
despachou o equatoriano Esteban Chango, por 3 a 2.
Na semifinal, ele bateu o
atual campeão pan-americano,
o canadense Jocelyn Addison,
por 2 a 0. E, na final, superou o
mexicano Guillermo Perez, vice-campeão mundial, na morte
súbita, após empate em 1 a 1, e
ganhou o posto em Pequim.
Débora também venceu a seletiva ontem à noite. Ela passou
pela boliviana Yara Anez. Depois, superou a nicaragüense
Estela Tiffer. Na final, derrotou
a americana Diana Lopez.
Natalia chegou até a final,
não encerrada até o fechamento desta edição. Antes, ela tinha
eliminado a venezuelana
Adriana Carmona na semifinal.
A expectativa da Confederação Brasileira de Taekwondo
era obter três vagas em Cali. Os
atletas viajaram à Colômbia em
meio a desentendimento com a
entidade, que corre o risco de
ser acionada por eles na Justiça
por quebra de contrato.
Os lutadores reclamam que,
desde o Pan do Rio, a maioria
dos atletas da seleção não recebe os salários -R$ 600.
Além da insatisfação dos
competidores, a confederação
também enfrenta problemas
internos. O vice-presidente
técnico, Marcelino Barros, deixou o cargo há cerca de 40 dias
sob alegação de que não poderia "participar ou colaborar
com a falta de ética no esporte".
A entidade alega que teve de
fazer um remanejamento da
verba para poder dar aumento
a alguns atletas. Mas que, se os
brasileiros conseguissem as vagas olímpicas, o dinheiro aumentaria, e os pagamentos poderiam ser acertados.
Diogo Silva é um dos lutadores que alegam estar com o salário atrasado. Após a conquista do ouro no Pan, ele fez uma série de reivindicações.
Texto Anterior: Juca Kfouri: Eita Mundialzinho mais chinfrim Próximo Texto: COI se reúne para discutir heranças do doping Índice
|