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Polícia crê em invasão premeditada em Curitiba
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Investigações da Polícia Civil
sobre o tumulto no estádio
Couto Pereira, em Curitiba, no
domingo, apontam que a invasão do gramado foi premeditada com uma semana de antecedência. O delegado Miguel Stadler afirmou que os torcedores
entrariam em campo para brigar "com ou sem rebaixamento" do Coritiba. Tudo, diz ele,
para protestar contra a má
campanha no Brasileiro.
Após o empate com o Fluminense, torcedores invadiram o
campo e agrediram policiais.
Dezoito pessoas ficaram feridas. De acordo com o delegado,
a invasão foi planejada durante
a viagem de volta de Belo Horizonte por integrantes da torcida organizada Império Alviverde, que acompanharam a derrota do Coritiba por 4 a 1 contra
o Cruzeiro na semana anterior.
O delegado não divulgou nomes de suspeitos, mas, por enquanto, excluiu o presidente da
torcida, Luiz Fernando Corrêa,
que já entregou uma lista dos
torcedores que foram a Minas.
A polícia tenta localizar 40
suspeitos de participar da confusão. Dois estão presos. Anteontem, o presidente do Coritiba, Jair Cirino dos Santos,
afirmou que foi ameaçado por
torcedores antes da rodada. O
presidente da Federação Paranaense de Futebol, Helio Cury,
disse ontem que o estádio terá
de passar por modificações para ampliar a segurança.
O STJD (Superior Tribunal
de Justiça Desportiva) determinou a interdição do Couto
Pereira. A diretoria do Coritiba
apresenta hoje, no Rio, a defesa
do clube. Ela pede a absolvição.
Argumenta que tomou providências de segurança e que foi
surpreendida por "baderneiros". As eleições no clube foram
adiadas para o dia 21 deste mês.
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