São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras completa seu quinto jogo sem vencer

Time empata com Bragantino em casa, mas torcida aplaude vontade dos atletas

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O cronômetro não havia chegado a meia hora de jogo e a torcida, enfurecida, já chamava o técnico Caio Júnior de "burro" por causa de uma substituição. O placar indicava 1 a 0 para o Bragantino. Aquela foi a última manifestação de protesto contra o time e o treinador.
Mesmo sem conseguir passar de um empate no Pacaembu, com um jogador a mais em parte do jogo e seguir sem vencer no Paulista -agora já são cinco partidas seguidas-, o time saiu aplaudido de campo.
Os pouco mais de 7.000 palmeirenses que foram ao estádio saíram de lá satisfeitos. Se não com o resultado, que deixa a equipe fora das quatro primeiras posições, com o esforço demonstrado pelos jogadores. O time está na 9ª posição.
"É uma questão de tempo [voltar a vencer]. Criamos, mas a bola não entrou. Mas empenho e vontade não faltou para ninguém", exaltou Wiliam.
Sem Pierre para compor o trio de zagueiros, o técnico Caio Júnior escalou três volantes, com Francis recuado.
A estratégia, no entanto, foi desmantelada pelos contragolpes do Bragantino. O time do interior se aproveitava justamente do espaço entre o meio e a zaga palmeirense para encaixar descidas rápidas ao ataque.
O resultado disso foi um pênalti cometido por Dininho, aos 13min. Júlio César cobrou e fez 1 a 0 Bragantino.
Atrás no marcador, o Palmeiras se atirou à frente e abriu ainda mais espaços em sua defesa. Até porque Francis avançava para auxiliar o ataque.
A solução encontrada por Caio Júnior lhe rendeu os primeiros xingamentos como treinador do Palmeiras. Ele sacou Martinez, que vinha sendo o melhor dos três volantes, e colocou Wiliam. Foi chamado de "burro" pela torcida.
A alteração fez o time passar a jogar no 4-4-2, com Wendel na lateral-direita e Paulo Baier, no meio. Caio foi para direita e Wiliam, para esquerda.
Após a substituição, o Palmeiras passou a atacar com maior perigo. Paulo Baier perdeu um gol frente a frente com o goleiro Felipe. Mas na cobrança de escanteio veio empate: Edmilson fez de cabeça.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou a jogar como no fim da etapa inicial. Caio e Wiliam, com bolas rápidas pelo meio, e Paulo Baier, nas cobranças de falta eram as principais armas.
Porém a equipe continuava a sofrer com os contragolpes do Bragantino. A pressão palmeirense aumentou após a expulsão de um zagueiro do adversário: Thiago Vieira.
O Palmeiras aumentou a pressão, criou chances e esteve perto de virar o jogo. Parou nas mãos do goleiro Felipe, que deixou o campo envaidecido depois de ouvir um elogio do palmeirense Marcos: "Ele me chamou de muralha".
Na quarta-feira, o Palmeiras estréia na Copa do Brasil, contra o Operário (MT).


Texto Anterior: Juca Kfouri: Ainda sobre o velho Estadual
Próximo Texto: Kléber espera, sem pressa, por volta à seleção
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.