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Palmeiras completa seu quinto jogo sem vencer
Time empata com Bragantino em casa, mas torcida aplaude vontade dos atletas
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O cronômetro não havia chegado a meia hora de jogo e a torcida, enfurecida, já chamava o
técnico Caio Júnior de "burro"
por causa de uma substituição.
O placar indicava 1 a 0 para o
Bragantino. Aquela foi a última
manifestação de protesto contra o time e o treinador.
Mesmo sem conseguir passar de um empate no Pacaembu, com um jogador a mais em
parte do jogo e seguir sem vencer no Paulista -agora já são
cinco partidas seguidas-, o time saiu aplaudido de campo.
Os pouco mais de 7.000 palmeirenses que foram ao estádio
saíram de lá satisfeitos. Se não
com o resultado, que deixa a
equipe fora das quatro primeiras posições, com o esforço demonstrado pelos jogadores. O
time está na 9ª posição.
"É uma questão de tempo
[voltar a vencer]. Criamos, mas
a bola não entrou. Mas empenho e vontade não faltou para
ninguém", exaltou Wiliam.
Sem Pierre para compor o
trio de zagueiros, o técnico Caio
Júnior escalou três volantes,
com Francis recuado.
A estratégia, no entanto, foi
desmantelada pelos contragolpes do Bragantino. O time do
interior se aproveitava justamente do espaço entre o meio e
a zaga palmeirense para encaixar descidas rápidas ao ataque.
O resultado disso foi um pênalti cometido por Dininho,
aos 13min. Júlio César cobrou e
fez 1 a 0 Bragantino.
Atrás no marcador, o Palmeiras se atirou à frente e abriu
ainda mais espaços em sua defesa. Até porque Francis avançava para auxiliar o ataque.
A solução encontrada por
Caio Júnior lhe rendeu os primeiros xingamentos como treinador do Palmeiras. Ele sacou
Martinez, que vinha sendo o
melhor dos três volantes, e colocou Wiliam. Foi chamado de
"burro" pela torcida.
A alteração fez o time passar
a jogar no 4-4-2, com Wendel
na lateral-direita e Paulo Baier,
no meio. Caio foi para direita e
Wiliam, para esquerda.
Após a substituição, o Palmeiras passou a atacar com
maior perigo. Paulo Baier perdeu um gol frente a frente com
o goleiro Felipe. Mas na cobrança de escanteio veio empate: Edmilson fez de cabeça.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou a jogar como no fim
da etapa inicial. Caio e Wiliam,
com bolas rápidas pelo meio, e
Paulo Baier, nas cobranças de
falta eram as principais armas.
Porém a equipe continuava a
sofrer com os contragolpes do
Bragantino. A pressão palmeirense aumentou após a expulsão de um zagueiro do adversário: Thiago Vieira.
O Palmeiras aumentou a
pressão, criou chances e esteve
perto de virar o jogo. Parou nas
mãos do goleiro Felipe, que deixou o campo envaidecido depois de ouvir um elogio do palmeirense Marcos: "Ele me chamou de muralha".
Na quarta-feira, o Palmeiras
estréia na Copa do Brasil, contra o Operário (MT).
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