São Paulo, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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Ofuscada por astros, zaga vira trunfo do Santos

Como em 2009, ataque funciona, porém agora defesa é o diferencial da equipe, ostentando sua melhor performance desde 2006

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Enquanto todos os holofotes se viram para o ataque liderado por André, Neymar e, agora, Robinho, o sistema defensivo do Santos carrega o piano e se torna o grande diferencial da equipe dirigida por Dorival Jr.
Como em 2009, o poder ofensivo do time santista é bom. Com 17 gols, é dono do melhor ataque do Estadual. No Brasileiro do ano passado, o time do então técnico Vanderlei Luxemburgo fez 58 gols, assim como o campeão Flamengo.
Mas é observando a atuação da zaga santista que surge o diferencial do Santos de 2010.
No último Nacional, o time, com Luxemburgo, sofreu os mesmos 58 gols que marcou -média de 1,5 tento por partida. Neste ano, a defesa santista sofreu cinco gols em sete jogos -0,71 de média-, a segunda melhor do campeonato.
Apesar dos poucos jogos até aqui, a eficiência da zaga do Santos tem sido festejada por Dorival Jr. Desde que chegou ao Santos, o treinador insistia em dizer que a prioridade era acertar a defesa. Dispensou Fabão, Eli Sabiá, Astorga e Adaílton, a base da defesa de 2009.
Manteve Edu Dracena e, para formar sua dupla titular, trouxe Durval, ex-Sport. Também pediu as contratações de Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar, de Portuguesa e Guarani, que atuaram juntos nas três primeiras rodadas. "Tenho quatro jogadores em condições de serem titulares", disse o técnico.
Os números do Datafolha mostram bem como funciona seu sistema defensivo. O Santos é um dos times que menos fazem desarmes: 97,4, em média, por partida. Por outro lado, sofre só 11 finalizações por jogo, a segunda melhor média do torneio. Ou seja: se não é tão agressiva, a marcação é eficiente, evitando chances de gol dos rivais.
Os meias de contenção também têm ajudado. A contragosto, Dorival Jr. perdeu o volante Rodrigo Souto, mas ganhou Arouca, que foi bem no 2 a 1 contra o São Paulo. "Falam do ataque, mas a defesa tem atuado muito bem", disse Arouca.
Para Edu Dracena, a exposição do ataque ajuda a zaga. "O Santos é ofensivo, e isso inibe o adversário, que precisa marcar e sair para o ataque. Às vezes, os rivais ficam cansados e não têm pernas para nos atacar", declarou, em entrevista ao Sportv.


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