São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

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Proposta do Santos é restringir a só uma a reeleição do presidente e facilitar colégio eleitoral maior

DO PAINEL FC

O projeto do novo estatuto do Santos limita o número de mandatos do presidente do clube para uma reeleição e fixa sua duração em três anos. Atualmente, o dirigente não tem limite de mandatos.
A alteração do estatuto não representará um marco zero. O atual presidente, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, terá direito apenas a uma reeleição se for a sua vontade.
"Poderíamos ter feito algo diferente, [essa decisão] vai da forma que você quer tocar o clube. Ele [Luis Alvaro] vai ter esse mandato e, no máximo, mais um", declarou Fernando Luiz Martins, presidente da comissão de reforma do estatuto do Santos.
Uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo foi marcada para o dia 21 para aprovar, ou não, o texto.
Apesar de pontos mais democráticos, a oposição do Santos questiona certos itens do estatuto que podem representar problemas no futuro.
A nova proposta prevê a redução do período de carência dos sócios para que ganhem direito de voto. Hoje, o prazo é de três anos, mas, pelo projeto, cai para só um.
Segundo membros da oposição, se a mensalidade tiver valor popular, isso facilitaria que alguém com muitos recursos mantenha grupo de sócios durante um ano para garantir sua própria eleição.
"Durante quase toda a existência do Santos, o prazo de carência foi de um ano. Então é algo que dá certo. É um castigo fazer o sócio esperar, no mínimo, três anos para votar. E se o Santos, digamos, chegar a 50 mil sócios? Alguém vai bancá-los durante todo esse tempo?"
A nova versão do texto dita que serão utilizadas urnas eletrônicas nas eleições. A ideia de usar as urnas do TRE, porém, foi suprimida.
"Aprendemos com a experiência de outros clubes que nem sempre as urnas do TRE são disponibilizadas em tempo hábil. Qual o problema de alugar uma outra urna?"
O novo estatuto também dita que votos podem ser encaminhados por correio ou internet, desde que resguardada a confidencialidade.
"Não é para agora. Estamos pensando na evolução tecnológica. Você achava que ia fazer declaração de imposto de renda via net?"
Outro ponto criticado pela oposição é que hoje as eleições são supervisionadas por um jurista de renome, e nos pleitos futuros a função será do presidente do conselho.
"Nenhum clube faz isso", aponta Martins. (EO)


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