São Paulo, sábado, 11 de março de 2006

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VÔLEI

Com favoritismo dividido, homens e mulheres abrem hoje quartas-de-final

Nos mata-matas, Superliga festeja equilíbrio inédito

DA REPORTAGEM LOCAL

Fato raro desde a criação da Superliga, os torneios masculino e feminino abrem hoje seus playoffs sem apontar um só favorito.
Os duelos em melhores de três jogos, à exceção de Minas x Osasco, pelo feminino, começam hoje.
Beneficiada, entre outros motivos, pelo êxodo de todos os jogadores que se sagraram campeões olímpicos para o exterior, a competição masculina festeja um equilíbrio jamais sentido antes.
As oito equipes que participam dos mata-matas estão separadas por apenas oito pontos. O Minas, que terminou a fase classificatória em primeiro lugar, sofreu quatro derrotas, número considerado alto para os padrões da Superliga.
Fora isso, há ainda o fato de as equipes terem se alternado muitas vezes na tabela durante o período qualificatório do torneio.
"A Superliga nunca foi assim, com oito times com chances de ser campeão. Os mata-matas serão muito equilibrados", afirma Renan Dal Zotto, técnico do Florianópolis, equipe que começou o campeonato com pinta de favorita, mas, na reta final, foi ultrapassada pelo Minas -terminou em segundo na classificação.
"Acho que um dos principais motivos é que perdemos muitos jogadores de primeira linha. Eles eram os atletas que desequilibravam. Agora o campeonato ficou bem mais nivelado. Não dá mais para dizer que um time é favorito somente por causa de determinado jogador", completa Renan.
Mesma opinião tem Roberto Tietz, técnico da Ulbra. "Bom seria se os atletas não saíssem do Brasil para nivelarmos a Superliga por cima, no mais alto nível, mas não é isso que acontece", diz.
Tietz assumiu o comando da Ulbra em meio a uma crise. O time investiu para a competição, contratou Ricardo Navajas e levou a base da equipe do Suzano. Mas problemas de relacionamento do treinador e os maus resultados derrubaram Navajas. Apesar dos percalços, a Ulbra terminou em oitavo lugar, mas empolgada por ter vencido quatro dos seis últimos jogos na classificação.
"O bom deste "fenômeno", além de ter equilibrado a competição, é que favoreceu o surgimento de novatos para ocupar o espaço que foi deixado com a saída dos principais atletas", finaliza Tietz.
Na edição passada, três medalhistas de ouro disputaram a Superliga masculina: Nalbert, que foi campeão pelo Banespa, e Rodrigão e André Nascimento, que atuaram pelo time do Suzano.
No torneio feminino, que ainda não sofreu com a debandada de muitas atletas da seleção, o campeonato também foi bastante embolado. A exceção foi o Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho.
Um dos favoritos ao título, o Osasco sofreu um baque com a gravidez da atacante Paula Pequena. O time ainda contratou a norte-americana Monique Ashley Adams para seu lugar, mas a jogadora não aparece entre as top 10 em nenhum fundamento.
A equipe terminou em segundo na tabela, mas foi derrotada pelo Pinheiros, que caiu diante do Suzano -dono de somente dois triunfos em toda a competição.
O Macaé, que começou a competição cheio de reforços e que conta com a levantadora Marcelle e a ponta Érika, chegou aos mata-matas no terceiro posto e mostrou que pode lutar pelo título.
Mas, apesar do equilíbrio, os técnicos ressaltam que tudo pode mudar nos playoffs. "Atingimos o nosso objetivo ao ficar entre os primeiros. Mas sabemos que agora começa outro campeonato. Tudo se inicia do zero e as jogadoras têm de ter noção disso", diz Luizomar de Moura, do Macaé. "A atenção tem que ser redobrada agora", faz coro Bernardinho.


NA TV - Rio x Flamengo, Superliga feminina, às 13h, e Ulbra x Minas, Superliga masculina, às 15h30, ambos ao vivo na Sportv

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