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VÔLEI
Com favoritismo dividido, homens e mulheres abrem hoje quartas-de-final
Nos mata-matas, Superliga festeja equilíbrio inédito
DA REPORTAGEM LOCAL
Fato raro desde a criação da Superliga, os torneios masculino e
feminino abrem hoje seus playoffs sem apontar um só favorito.
Os duelos em melhores de três
jogos, à exceção de Minas x Osasco, pelo feminino, começam hoje.
Beneficiada, entre outros motivos, pelo êxodo de todos os jogadores que se sagraram campeões
olímpicos para o exterior, a competição masculina festeja um
equilíbrio jamais sentido antes.
As oito equipes que participam
dos mata-matas estão separadas
por apenas oito pontos. O Minas,
que terminou a fase classificatória
em primeiro lugar, sofreu quatro
derrotas, número considerado alto para os padrões da Superliga.
Fora isso, há ainda o fato de as
equipes terem se alternado muitas vezes na tabela durante o período qualificatório do torneio.
"A Superliga nunca foi assim,
com oito times com chances de
ser campeão. Os mata-matas serão muito equilibrados", afirma
Renan Dal Zotto, técnico do Florianópolis, equipe que começou o
campeonato com pinta de favorita, mas, na reta final, foi ultrapassada pelo Minas -terminou em
segundo na classificação.
"Acho que um dos principais
motivos é que perdemos muitos
jogadores de primeira linha. Eles
eram os atletas que desequilibravam. Agora o campeonato ficou
bem mais nivelado. Não dá mais
para dizer que um time é favorito
somente por causa de determinado jogador", completa Renan.
Mesma opinião tem Roberto
Tietz, técnico da Ulbra. "Bom seria se os atletas não saíssem do
Brasil para nivelarmos a Superliga
por cima, no mais alto nível, mas
não é isso que acontece", diz.
Tietz assumiu o comando da
Ulbra em meio a uma crise. O time investiu para a competição,
contratou Ricardo Navajas e levou a base da equipe do Suzano.
Mas problemas de relacionamento do treinador e os maus resultados derrubaram Navajas. Apesar
dos percalços, a Ulbra terminou
em oitavo lugar, mas empolgada
por ter vencido quatro dos seis últimos jogos na classificação.
"O bom deste "fenômeno", além
de ter equilibrado a competição, é
que favoreceu o surgimento de
novatos para ocupar o espaço que
foi deixado com a saída dos principais atletas", finaliza Tietz.
Na edição passada, três medalhistas de ouro disputaram a Superliga masculina: Nalbert, que
foi campeão pelo Banespa, e Rodrigão e André Nascimento, que
atuaram pelo time do Suzano.
No torneio feminino, que ainda
não sofreu com a debandada de
muitas atletas da seleção, o campeonato também foi bastante embolado. A exceção foi o Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho.
Um dos favoritos ao título, o
Osasco sofreu um baque com a
gravidez da atacante Paula Pequena. O time ainda contratou a norte-americana Monique Ashley
Adams para seu lugar, mas a jogadora não aparece entre as top 10
em nenhum fundamento.
A equipe terminou em segundo
na tabela, mas foi derrotada pelo
Pinheiros, que caiu diante do Suzano -dono de somente dois
triunfos em toda a competição.
O Macaé, que começou a competição cheio de reforços e que
conta com a levantadora Marcelle
e a ponta Érika, chegou aos mata-matas no terceiro posto e mostrou que pode lutar pelo título.
Mas, apesar do equilíbrio, os
técnicos ressaltam que tudo pode
mudar nos playoffs. "Atingimos o
nosso objetivo ao ficar entre os
primeiros. Mas sabemos que agora começa outro campeonato. Tudo se inicia do zero e as jogadoras
têm de ter noção disso", diz Luizomar de Moura, do Macaé. "A
atenção tem que ser redobrada
agora", faz coro Bernardinho.
NA TV - Rio x Flamengo, Superliga feminina, às 13h, e Ulbra x Minas, Superliga masculina, às 15h30, ambos ao vivo na Sportv
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