DA REPORTAGEM LOCAL

Andaluzia e as Ilhas Canárias são regiões da Espanha, principalmente pela proximidade com a África (ponto de partida de milhares de imigrantes), onde o sentimento antiimigração é mais forte.
Mas são justamente nessas localidade que estão os clubes espanhóis fora da elite que mais apostaram em brasileiros.
Só em 2007, segundo a CBF, o Ronda, da província andaluz de Málaga, contratou três brasileiros. Já o Tenerife Sur Ibarra, das Ilhas Canárias, levou quatro. Nenhum dos sete têm fama no Brasil. Todos defendiam clubes modestos, onde o salário raramente passa dos R$ 500 (isso quando é pago).
Só que o efeito dos brasileiros nesses clubes foi bem diferente.
O Ronda, que disputa a primeira divisão da região de Andaluzia, uma espécie de quinta divisão nacional, lidera o seu grupo com sete pontos de vantagem sobre o vice-líder depois de 27 rodadas disputadas.
O atacante Maykon, que jogava no São Carlos, já balançou as redes três vezes.
Já o Tenerife Sur Ibarra fracassa feio com seu exército de brasileiros. O time joga o torneio equivalente à quarta divisão espanhola, que é formada por expressivos 18 grupos.
Na sua chave, é apenas o 16º colocado entre os 20 inscritos, com apenas 9 vitórias em 26 rodadas.
Mas o clube ainda aposta nos brasileiros. Os cartolas até cogitaram contratar um treinador nacional para fazer o time, outro atolado em dívidas, reagir e tentar ascender no futebol espanhol. (PC)


Texto Anterior: Passaporte: Estrelas viram espanhóis
Próximo Texto: Liverpool encara Inter e ataque especulativo
Índice