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Câmara de São Paulo veta jogos às 21h50
Kassab recebe hoje lei que limita horário das partidas
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi aprovado ontem, em segunda votação na Câmara de
Vereadores de São Paulo, o projeto de lei que estipula 23h15
como o horário-limite para o
encerramento de partidas de
futebol realizadas na cidade.
O projeto deve ir hoje para as
mãos do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tem 15 dias para sancioná-lo ou vetá-lo.
A maioria dos jogos do Paulista, do Brasileiro, da Copa do
Brasil e da Libertadores começam às 21h50 e terminam duas
horas depois por determinação
da TV Globo, dona dos direitos
de transmissão desses torneios.
Ontem, 43 vereadores votaram pela aprovação da limitação de horário. Houve dois votos contrários -José Police
Neto (PSDB), líder do governo,
e Domingos Dissei (DEM)- e
três abstenções.
O projeto aprovado ontem
apresenta modificações em relação ao original, dos vereadores Antônio Goulart (PMDB) e
Agnaldo Timóteo (PR).
Segundo a nova redação, o
horário-limite de 23h15 só se
aplica a duelos que forem realizados em estádios com capacidade superior a 15 mil pessoas.
O projeto aprovado também
prevê algumas ressalvas. Assim, se uma partida for à prorrogação ou tiver disputas de pênaltis e, por isso, acabar depois
das 23h15, não haverá a cobrança de multa de R$ 100 mil
ao organizador do evento.
Caso Kassab vete o projeto,
ele volta para a Câmara, que votará pela manutenção ou pela
derrubada do veto.
O presidente da casa, Antonio Carlos Rodrigues (PR), deixou claro ontem quais são suas
intenções. "Se o prefeito vetar,
vamos fazer de tudo para derrubar o veto", afirmou ele.
A tendência de Kassab é o optar pelo veto à proposta. Em
2007, ele não sancionou projeto semelhante, do então vereador Tião Farias (PSDB), que limitava o início dos jogos para
21h. A Federação Paulista de
Futebol já se colocou contra a
imposição do limite de horário.
Caso seja sancionada, há um
prazo de dois meses para que a
lei seja regulamentada. É provável que, com todos os trâmites, ela só venha a ser adotada a
partir do ano que vem.
Era essa a intenção do vereador Aurélio Miguel (PR). Ele
propôs uma emenda para que o
projeto, se aprovado, só valesse
a partir de 2011. A intenção era
proteger os contratos de transmissão de televisão. A emenda,
porém, foi vetada em votação.
O fato de o projeto só se limitar à cidade de São Paulo abre a
possibilidade de os times mandarem seus jogos em outros
municípios, como Barueri.
"O Marco Polo [Del Nero,
presidente da Federação Paulista de Futebol] não cometeria
a loucura de tirar jogos da capital", declarou o vereador Marco
Aurélio Cunha (DEM), dirigente do São Paulo. "O Paulista se
paga com as rendas dos grandes
estádios", completou o cartola.
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