Sem pretensões no Paulista, time tem jogadores que foram do Palmeiras

DA REPORTAGEM LOCAL

Para se classificar, além da vitória sobre o São Bento, o Palmeiras depende de um time que não vislumbra mais nada na competição, que acaba de ser goleado por 5 a 0 e que perdeu o treinador -substituído por um zagueiro que ficou na reserva na partida passada.
Esse é o cenário do Barueri, time que enfrenta o Bragantino, rival direto do Palmeiras pela quarta vaga nas semifinais.
"Independentemente de quem possamos favorecer, em primeiro lugar, pensamos é na nossa vitória. Seria muito importante isso depois da derrota para o São Paulo e logo no meu primeiro jogo como técnico", conta Fabio Carille, 33.
No domingo, seu nome boleiro ainda era Fabio Luiz. E ele era zagueiro reserva do time.
Já havia combinado com a direção que seria auxiliar técnico na Série B do Brasileiro, mas foi improvisado na função já após a demissão de Sérgio Soares, que deixou o clube se queixando de ter sido demitido em um programa de rádio pelo prefeito da cidade, Rubens Furlan, o que o Barueri nega.
Apesar dos contratempos recentes e da situação cômoda na tabela -o time não corre o risco de cair se perder nem tem como chegar ao Torneio do Interior se vencer-, os jogadores dizem haver motivação para vencer o Bragantino (e sem se referir à "mala branca").
"Essa partida é importante porque já começa o trabalho de reformulação do elenco para a Série B do Brasileiro. Foi o primeiro Paulista do Barueri na elite, e temos que pensar em acabar bem o torneio. Se ajudar o Palmeiras será melhor, porque tenho amigos naquele elenco...", diz o goleiro Gilvan, 27, que foi companheiro de Marcos e Diego Cavalieri durante os oito anos em que defendeu o time do Parque Antarctica (entre 1995 e 2003).
Ele não é o único do Barueri que passou pelo clube alviverde. Artilheiro do time da Grande São Paulo no torneio, com oito gols, Thiago Humberto também foi das categorias de base do Palmeiras, mas não chegou ao elenco profissional.
"Provavelmente, o jogo contra o Bragantino será o mais importante da minha carreira, para o Palmeiras", brinca .
Já o supervisor de futebol, Jamelli, que chegou para jogar pelo time e acabou com uma função diretiva, apresenta outro discurso: "Temos que pensar é no Bragantino, não no Palmeiras".0 (LUÍS FERRARI)