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"Temos que ferir o São Paulo", afirma Ronaldo
Atacante inverte ordem no Corinthians e fala do adversário e de provável tática
Novo ídolo corintiano, que defendeu Adriano e criticou "comentaristas aleatórios", lamentou que a semifinal ocorra em estádio pequeno
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A ITU
Se o técnico do Corinthians,
Mano Menezes, procurou durante a semana evitar que seus
jogadores falassem do São Paulo e entregassem os planos de
seu time, Ronaldo não entendeu bem a ordem ou não seguiu
mesmo o que foi determinado.
""Temos que atacar e ferir o
São Paulo. Fazer deste jogo [o
de amanhã, o primeiro entre os
times nas semifinais do Paulista] um jogo muito difícil para
eles. Temos que pressioná-los
em seu campo. Temos que fazer gols, porque o São Paulo
tem a vantagem de jogar por
dois empates", disse Ronaldo.
""O São Paulo tem uma grande equipe, com jogadores experientes que não vão sentir a
pressão da torcida. Mas precisamos muito da torcida, que vai
ser fundamental. Temos que
usar tudo nesses dois jogos semifinais", disse o atacante, que
lamentou a capacidade pequena do estádio do Pacaembu.
""Foram vendidos quase todos os ingressos em 20 minutos. Se o Corinthians jogasse
num estádio para 60 mil ou 70
mil pessoas, estaria lotado. O
Corinthians é grande e precisaria de um estádio para 100 mil
pessoas. É uma pena que muita
gente que queria ver esse jogo
vai ficar de fora", disse ele.
A decisão de fazer o jogo no
Pacaembu partiu do Corinthians, cujo presidente, Andres
Sanchez, prometeu não mandar mais partidas no Morumbi.
Ronaldo falou do São Paulo,
do estádio usado pelo Corinthians e de questões táticas.
""Temos quase certeza de que
o São Paulo jogará com três zagueiros contra a gente [o rival
começou no 4-4-2 contra o Defensor]. Todas as táticas têm
seu ponto fraco. Sei que os zagueiros ficarão muito em cima
de mim, então outros jogadores
poderão se aproveitar dos espaços deixados por eles", falou.
O centroavante foi o único
atleta do Corinthians a atender
a imprensa ontem, em mais um
dia de treinos fechados.
""Vamos enfrentar um grande
time, que conta com laterais
que apoiam bastante. Temos
que jogar para a frente. Mas não
sou o treinador, é o Mano. Ele
que vai decidir se teremos alguma surpresa ou não", falou ele.
Mano Menezes tem recebido
críticas em sua gestão no Corinthians por às vezes não soltar tanto seu time. Isso aconteceu, por exemplo, na derrota na
final da Copa do Brasil do ano
passado para o Sport no Recife.
Ronaldo elogiou, sim, Rogério, ídolo do time rival que tem
falhado nas últimas partidas.
""Tenho ótimas lembranças
do Rogério [nas Copas de 2002
e 2006], um cara bacana, superinteligente, muito agradável
de se conviver. Todo mundo erra, e estou certo de que ele está
treinando cada vez mais para
errar menos. Mas numa decisão a amizade fica para trás e
cada um luta por seu objetivo."
O assunto mais explorado na
coletiva de imprensa de ontem,
no entanto, foi o caso de Adriano, amigo de Ronaldo que foi
""defendido" pelo ""Fenômeno".
""Cada vez mais a gente vê a
falta de respeito com o ídolo.
Muitas personalidades estão
julgando, dando conselho para
ele. Não serei mais um a julgá-
-lo. Vejo cada dia mais santos
na TV, comentaristas aleatórios, oportunistas, pessoas que
se acham perfeitas. Parece que
ninguém erra. Isso é mais triste
que o problema em si", disse.
Ele não comparou os problemas que teve com os de Adriano porque ""cada um é único".
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