São Paulo, sábado, 11 de abril de 2009

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"Temos que ferir o São Paulo", afirma Ronaldo

Atacante inverte ordem no Corinthians e fala do adversário e de provável tática

Novo ídolo corintiano, que defendeu Adriano e criticou "comentaristas aleatórios", lamentou que a semifinal ocorra em estádio pequeno

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A ITU

Se o técnico do Corinthians, Mano Menezes, procurou durante a semana evitar que seus jogadores falassem do São Paulo e entregassem os planos de seu time, Ronaldo não entendeu bem a ordem ou não seguiu mesmo o que foi determinado.
""Temos que atacar e ferir o São Paulo. Fazer deste jogo [o de amanhã, o primeiro entre os times nas semifinais do Paulista] um jogo muito difícil para eles. Temos que pressioná-los em seu campo. Temos que fazer gols, porque o São Paulo tem a vantagem de jogar por dois empates", disse Ronaldo.
""O São Paulo tem uma grande equipe, com jogadores experientes que não vão sentir a pressão da torcida. Mas precisamos muito da torcida, que vai ser fundamental. Temos que usar tudo nesses dois jogos semifinais", disse o atacante, que lamentou a capacidade pequena do estádio do Pacaembu.
""Foram vendidos quase todos os ingressos em 20 minutos. Se o Corinthians jogasse num estádio para 60 mil ou 70 mil pessoas, estaria lotado. O Corinthians é grande e precisaria de um estádio para 100 mil pessoas. É uma pena que muita gente que queria ver esse jogo vai ficar de fora", disse ele.
A decisão de fazer o jogo no Pacaembu partiu do Corinthians, cujo presidente, Andres Sanchez, prometeu não mandar mais partidas no Morumbi.
Ronaldo falou do São Paulo, do estádio usado pelo Corinthians e de questões táticas.
""Temos quase certeza de que o São Paulo jogará com três zagueiros contra a gente [o rival começou no 4-4-2 contra o Defensor]. Todas as táticas têm seu ponto fraco. Sei que os zagueiros ficarão muito em cima de mim, então outros jogadores poderão se aproveitar dos espaços deixados por eles", falou.
O centroavante foi o único atleta do Corinthians a atender a imprensa ontem, em mais um dia de treinos fechados.
""Vamos enfrentar um grande time, que conta com laterais que apoiam bastante. Temos que jogar para a frente. Mas não sou o treinador, é o Mano. Ele que vai decidir se teremos alguma surpresa ou não", falou ele.
Mano Menezes tem recebido críticas em sua gestão no Corinthians por às vezes não soltar tanto seu time. Isso aconteceu, por exemplo, na derrota na final da Copa do Brasil do ano passado para o Sport no Recife.
Ronaldo elogiou, sim, Rogério, ídolo do time rival que tem falhado nas últimas partidas.
""Tenho ótimas lembranças do Rogério [nas Copas de 2002 e 2006], um cara bacana, superinteligente, muito agradável de se conviver. Todo mundo erra, e estou certo de que ele está treinando cada vez mais para errar menos. Mas numa decisão a amizade fica para trás e cada um luta por seu objetivo."
O assunto mais explorado na coletiva de imprensa de ontem, no entanto, foi o caso de Adriano, amigo de Ronaldo que foi ""defendido" pelo ""Fenômeno".
""Cada vez mais a gente vê a falta de respeito com o ídolo. Muitas personalidades estão julgando, dando conselho para ele. Não serei mais um a julgá- -lo. Vejo cada dia mais santos na TV, comentaristas aleatórios, oportunistas, pessoas que se acham perfeitas. Parece que ninguém erra. Isso é mais triste que o problema em si", disse.
Ele não comparou os problemas que teve com os de Adriano porque ""cada um é único".


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