DO ENVIADO A SANTOS

Quase oito anos separam o moleque Robinho, que endiabrou o São Paulo em 2002, do Robinho que agora assumiu a responsabilidade de liderar uma garotada na missão de, novamente, bater o time do Morumbi.
Com 19 anos, o atacante surgiu no Santos e ajudou a eliminar o rival, até então favorito ao título do Brasileiro daquele ano. Agora, aos 26, carrega o dever de comandar Neymar, Paulo Henrique Ganso, André e companhia.
"Eu sei da minha responsabilidade no Santos. E vou procurar apresentar o meu melhor. Estou tranquilo", disse o experiente Robinho, que saiu da Vila Belmiro em 2005, rodou a Europa e voltou no início do ano, emprestado pelo Manchester City.
O atacante retornou para não perder a vaga na Copa do Mundo. Acabou se transformando em referência para jovens como Neymar, que sonha seguir seus passos.
"Procuro dar conselhos para eles. Não sou tão velho assim, mas sei que eles gostam de mim. Mas eles têm cabeça boa", afirma Robinho, que diz confiar nos garotos nesta decisão.
"O Neymar está preparado para grandes responsabilidades. É um grande jogador e vai jogar igual vem jogando, dando caneta com objetividade. É assim que ele surgiu ao futebol", disse Robinho.
"Nosso time, apesar de jovem, tem qualidade suficiente para ser campeão. Com relação a dúvidas sobre nosso potencial, isso é normal. Também vão duvidar no Campeonato Brasileiro."
O camisa 7 reencontrará um rival que sempre lhe traz boas recordações. Afinal, não é só o Corinthians a maior vítima de Robinho. Entre os grandes paulistas, o São Paulo foi vencido sete vezes (empatou uma e ganhou três) quando o atacante esteve em campo pelo Santos. O time do Parque São Jorge tem sete derrotas e um empate.
Em 2002, o São Paulo terminou a primeira fase do Nacional na liderança absoluta, como o Santos de hoje no Paulista, e foi eliminado pelo time da Vila Belmiro, que havia conquistado apenas a última vaga, tal qual o São Paulo agora. Para Robinho, as semelhanças param por ai.
"Isso não significa que vai ocorrer o mesmo com o Santos agora. Cada jogo é uma história", disse ele. 0 (LR)


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