São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

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Convocados de Scolari vivenciam correria às vésperas do embarque

DA REPORTAGEM LOCAL
E DA AGÊNCIA FOLHA

Comprar mala nova, agendar pagamento de contas, recolher fotos da família e selecionar objetos pessoais prediletos.
Essa tem sido a rotina dos convocados pelo Luiz Felipe Scolari que viajam amanhã à noite para Barcelona, onde irão se preparar para a Copa do Mundo.
Após uma semana em que foram os mais procurados por jornalistas e torcedores, muitos jogadores deixaram para fazer as malas na última hora.
É o caso do goleiro do Palmeiras Marcos, que, durante os treinos do seu time nesta semana, era o primeiro a começar a dar entrevistas e o último a ser liberado.
"Como o Dida [do Corinthians" e o Rogério [do São Paulo" estão jogando as finais [do Torneio Rio-São Paulo", estou sobrecarregado. Todo mundo vem falar comigo. Ainda nem separei nada. Vou precisar até comprar uma mala maior porque nunca fiquei tanto tempo viajando", disse Marcos, que pretende arrumar as malas hoje. Na bagagem, incluirá aparelhos eletrônicos para passar o tempo e fotos de toda a família.
O zagueiro Anderson Polga e o atacante Luizão, ambos do Grêmio, que está nas quartas-de-final da Taça Libertadores, conseguem, a muito custo, resolver seus problemas burocráticos.
O principal deles são as contas a pagar. Como eles seguirão para a Espanha direto do Uruguai, onde enfrentarão o Nacional, na quarta, estão correndo a vários bancos para fazer um agendamento do que vai vencer durante os próximos 50 dias. Arrumar as malas, por enquanto, nem pensar.
"A gente não tem tempo para nada. É só resolver penduricalhos e treinar. Estamos próximos de uma Copa do Mundo e vivemos momentos decisivos de uma Libertadores", declarou Polga.
No Corinthians, Dida e Vampeta, que viajam quinta, após a final da Copa do Brasil, não irão se preparar de forma diferente.
"Vou pegar duas cuecas, duas calças, duas camisas e uma Bíblia. O resto, vou usar o que a CBF me der", declarou Vampeta.
Enquanto uns passaram a semana arrumando malas, o volante Kleberson, do Atlético-PR, aproveitou para aprender alguma coisa de inglês, o idioma que pretende usar no Japão e Coréia.
Em Curitiba, se dedicou a aprender palavras relacionadas a futebol. "Ele adorou. Chegou em casa tão entusiasmado, repetindo as palavras, mas tudo é muito complicado, e eu não entendi nada", contou ontem a irmã do jogador, Patrícia Pereira, 24.



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