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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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Luxemburgo leva vitória e moedas

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Cruzeiro conseguiu sobre o Santos, na Vila Belmiro, uma vitória extremamente lucrativa. E não foi só pelas moedas atiradas pela torcida santista ao técnico Wanderley Luxemburgo durante boa parte da partida de ontem.
Os 2 a 0 conseguidos pelo melhor ataque do Brasileiro em cima daquela que era a melhor defesa do torneio serviram para botar o Cruzeiro no topo e para brecar o avanço santista na tabela.
Se o Internacional não vencer o Guarani hoje em Campinas, os mineiros terminam a rodada como líderes isolados da competição, com 20 pontos em oito jogos.
Já o Santos, o único time brasileiro que tem conseguido aliar boas campanhas na Libertadores e no Nacional, com a derrota perdeu o embalo das quatro vitórias consecutivas no torneio, estacionou nos 14 pontos e pode perder nesta tarde a terceira colocação.
A partida de ontem, estrelada pelos badalados Robinho, Diego, Fábio Costa, Alex e Deivid, não só opunha a melhor defesa contra o melhor ataque. Havia o confronto torcida santista versus Luxemburgo, por causa da polêmica passagem do treinador pelo Santos em 1997, quando ele largou o time da Vila no meio do contrato para assumir o Corinthians -daí as moedas da torcida.
"A CBF devia ver essas imagens e interditar a Vila Belmiro", chiava Luxemburgo, enquanto chovia dinheiro das arquibancadas.
Sobre o jogo, o aniversariante Luxemburgo (51 anos ontem) botou desde o início o seu produtivo ataque para fustigar a equipe de Leão, mesmo com o adversário jogando em casa.
Aos 10min, o lateral Leandro, o meia Alex e o atacante Aristizábal já haviam desperdiçado chances claras de gol.
Diego e Robinho driblavam e ciscavam, mas o Santos só foi aparecer para o goleiro Gomes aos 15min de jogo, quando Renato arriscou um chute de longe.
Na melhor chance santista no primeiro tempo -só haveria mais uma no jogo inteiro-, Robinho, aos 25min, entrou driblando a zaga mineira e tocou para trás. Nenê, de dentro da área, chutou para fora.
Antes da primeira etapa terminar, o volante Sandro, Deivid e o bom zagueiro Thiago perderiam gols pelo Cruzeiro, em um só lance, depois que Alex cobrou uma falta rasteira para dentro da área santista, aos 24min.
No segundo tempo a leve superioridade do Cruzeiro e a certa apatia do Santos foram as mesmas, mas pelo menos os gols saíram. Em um belo lance, logo aos 4min, Aristizábal recebeu lançamento pelo alto, matou no peito e acertou um chute certeiro de esquerda, de fora da área, que o festejado Fábio Costa não conseguiu segurar.
Aos 15min, o empate foi desenhado. Diego triangulou com Robinho em linda jogada, recebeu sozinho na área, escolheu o canto e chutou... para fora.
A partir daí o Santos desapareceu em campo e o Cruzeiro administrava a vantagem.
Aos 26min, o "trio mágico" Alex-Deivid-Aristizábal -autores de todos os 24 gols do Cruzeiro até então- quase ampliou para o Cruzeiro.
Alex cobrou escanteio, Aristizábal cabeceou, Fábio Costa defendeu e a bola sobrou para Deivid. O artilheiro também usou a cabeça, mas a bola bateu na trave e, depois, Elano salvou sobre a linha.
Aos 43min, o Cruzeiro, que ainda não perdeu jogo em 2003, marcou seu segundo gol na partida, e o primeiro de autoria de um jogador fora da trinca de artilheiros.
O atacante Mota, que havia acabado de entrar em campo, empurrou para dentro uma bola cruzada por outro reserva, Márcio.
O Santos, além de perder a partida e o embalo da boa fase, perdeu também o atacante Ricardo Oliveira, que deve ficar fora do time por um mês, por causa de entorse no joelho direito.


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