São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2006

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Com 1 a menos, São Paulo perde no fim na Argentina

Time leva gol do Estudiantes aos 42min do 2º tempo e decide futuro na Libertadores após a Copa

Eduardo Di Baia/Associated Press
Alayes (6) comemora junto aos torcedores do Estudiantes o único gol do jogo contra o São Paulo


TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

FLÁVIA MARREIRO
DE BUENOS AIRES

Em seu primeiro mata-mata internacional nesta edição da Taça Libertadores, o São Paulo acabou sucumbindo e perdeu para o argentino Estudiantes ontem, sofrendo gol a três minutos do fim do tempo regulamentar. Foi o terceiro revés são-paulino no torneio continental em 2006.
Com um gol de Alayes, aos 42min do segundo tempo, o time argentino fez prevalecer sua estratégia de lutar até o último minuto pela vitória. Nesta Libertadores, foram nove gols (em 14) marcados nos 15 minutos finais.
O resultado agora obriga o São Paulo a vencer no Morumbi por uma vantagem de dois gols para chegar à semifinal. Caso ganhe por 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis. O Estudiantes se classifica até mesmo com derrota por um gol de diferença, desde que balance a rede no Morumbi. O jogo de volta acontece somente após a Copa do Mundo, em 19 de julho.
O São Paulo volta a campo no domingo, pelo Brasileiro. Enfrenta o Inter no Sul, que ontem também perdeu pela Libertadores.
A previsão de uma batalha foi confirmada logo nos primeiros minutos da partida. O meia Danilo disputou uma bola e foi premiado com um chute no rosto.
Aos 4min, mais confusão -e com direito a expulsão. Pavone e André Dias trocaram empurrões e levaram cartão vermelho.
Com um homem a menos para cada um, o jogo ficou mais franco. O São Paulo, porém, perdeu a força ofensiva de Júnior, que passou a atuar recuado no lado esquerdo.
Os dois times, que esbanjavam disposição, trataram muito mal a bola. O Estudiantes, em especial, abusou dos chutões. Dos 97 passes que distribuiu, acertou pouco mais da metade: 56,7% das trocas de bola, contra 62,5% do rival.
Diante da dificuldade de tocar a bola, cada time partiu para sua estratégia própria. O São Paulo apostou nos chutes de meia distância. Das sete finalizações, seis foram de fora da área. Quatro delas atingiram o alvo e levaram perigo ao goleiro do Estudiantes.
O lateral Souza, que perdeu a melhor oportunidade aos 21min num chute que desviou no meio do caminho, foi quem mais arriscou: três arremates.
Já os donos da casa utilizaram os cruzamentos para ameaçar Rogério. No entanto, sem Pavone, a jogada surtiu pouco efeito.
A catimba são-paulina, no entanto, quase complica o time. Numa disputa de bola, Rogério caiu no gramado e a torcida começou a jogar objetos no campo. Em seguida, ele discutiu com o juiz e ainda recebeu o amarelo.
Na arquibancada, o clima só esquentou no gol anulado do Estudiantes, no final do primeiro tempo. Após a marcação do juiz, a torcida, enfurecida, atacou os cerca de 200 torcedores brasileiros com pedaços de mastros de bandeira e também canos.
Apesar do tumulto, a diretoria do São Paulo preferiu contemporizar. "Houve o problema, mas a polícia agiu rápido", afirmou o diretor de planejamento do clube, João Paulo de Jesus Lopes.
Numa etapa inicial truculenta, o número de faltas foi equilibrado. Das 22 infrações cometidas, o São Paulo fez dez, duas a menos que os argentinos.
O meia Lenílson entrou na vaga de Alex Dias e deu mais consistência na posse de bola.
A melhor jogada de gol são-paulina foi de Danilo. Ele deu uma meia-lua em rival e cruzou para Júnior na pequena área mergulhar e cabecear a bola na trave.
Apesar da pressão, o jogo parecia sob controle. Mas a expulsão de Lugano, por jogada violenta, tornou a partida dramática. No fim, Rogério rebateu, e Alayes aproveitou o rebote para marcar.


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