São Paulo, domingo, 11 de maio de 2008

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Há 50 anos
11.mai.1958

Flamengo bate seleção no Rio

Oficialmente, foi um jogo-treino. Mas Flamengo e seleção brasileira entraram hoje no gramado do Maracanã vestindo seus uniformes oficiais -e diante de pequeno público, que deixou uma arrecadação de Cr$ 511.615,00 nas bilheterias.
E, após dois tempos de 35 minutos, o clube levou a melhor: bateu o Brasil considerado titular por 1 a 0 (diante da formação reserva, na primeira etapa, houve empate de 0 a 0).
No último período do treinamento, titulares e reservas da seleção se movimentaram por pouco mais de meia hora. A equipe principal venceu com desenvoltura (5 a 1).
No confronto com o clube da Gávea, ficou claro que as principais figuras do escrete, apáticas e sem mobilidade, se preocuparam em evitar choques duros.
Mesmo assim, o zagueiro Bellini e o meia Dino Sani terminaram o coletivo sentindo dores musculares. E o atacante Vavá também preocupa a comissão médica da seleção, pois sentiu uma fisgada na coxa.
Enquanto isso, com maior movimentação e vontade (como prometera o técnico Fleitas Solich), o Flamengo dominou amplamente as ações da partida. O árbitro do jogo, o mineiro Gama Malcher, anulou acertadamente dois gols de Pelé, que estava em posição irregular.
"Importante ressaltar que jogamos desfalcados de nossos principais atletas", disse Solich após o jogo. De fato, Moacir, Joel, Dida e Zagallo, todos atletas de expressão do time, no momento servem a seleção.
Na quarta-feira, o Brasil volta a campo, novamente no Maracanã, para enfrentar a Bulgária no primeiro dos dois amistosos entre os dois países. O outro será no próximo domingo à tarde, no Pacaembu. Será a estréia dos búlgaros na América do Sul.

TUDO POR UM TREINO
Bahia e Pernambuco exigem que a CBD marque ao menos um treinamento da seleção em seus Estados, quando a delegação estiver a caminho da Europa. O treinador brasileiro, Vicente Feola, é contrário.

LITÍGIO RUBRO-NEGRO
Fleitas Solich ameaçou abandonar o comando técnico do Flamengo. Segundo ele, uma "tentadora proposta" do Valencia (ESP) aliada a "problemas com o imposto de renda" inviabilizariam sua permanência.

CABEÇA FEITA
O escrete brasileiro concluiu ontem a primeira etapa da avaliação psicológica coordenada por João Carvalhaes. Ele, que também foi um destacado cronista esportivo de boxe, está na comissão técnica para evitar "tremedeiras" em momentos decisivos como a final da Copa de 1950, quando o Brasil perdeu a taça do mundo mesmo em casa, diante do Uruguai.


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