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Há 50 anos
11.mai.1958
Flamengo bate seleção no Rio
Oficialmente, foi um jogo-treino. Mas Flamengo e seleção
brasileira entraram hoje no
gramado do Maracanã vestindo
seus uniformes oficiais -e
diante de pequeno público, que
deixou uma arrecadação de Cr$
511.615,00 nas bilheterias.
E, após dois tempos de 35 minutos, o clube levou a melhor:
bateu o Brasil considerado titular por 1 a 0 (diante da formação reserva, na primeira etapa,
houve empate de 0 a 0).
No último período do treinamento, titulares e reservas da
seleção se movimentaram por
pouco mais de meia hora. A
equipe principal venceu com
desenvoltura (5 a 1).
No confronto com o clube da
Gávea, ficou claro que as principais figuras do escrete, apáticas
e sem mobilidade, se preocuparam em evitar choques duros.
Mesmo assim, o zagueiro Bellini e o meia Dino Sani terminaram o coletivo sentindo dores musculares. E o atacante Vavá também preocupa a comissão médica da seleção, pois
sentiu uma fisgada na coxa.
Enquanto isso, com maior
movimentação e vontade (como prometera o técnico Fleitas
Solich), o Flamengo dominou
amplamente as ações da partida. O árbitro do jogo, o mineiro
Gama Malcher, anulou acertadamente dois gols de Pelé, que
estava em posição irregular.
"Importante ressaltar que jogamos desfalcados de nossos
principais atletas", disse Solich
após o jogo. De fato, Moacir,
Joel, Dida e Zagallo, todos atletas de expressão do time, no
momento servem a seleção.
Na quarta-feira, o Brasil volta
a campo, novamente no Maracanã, para enfrentar a Bulgária
no primeiro dos dois amistosos
entre os dois países. O outro será no próximo domingo à tarde,
no Pacaembu. Será a estréia
dos búlgaros na América do Sul.
TUDO POR UM TREINO
Bahia e Pernambuco exigem
que a CBD marque ao menos
um treinamento da seleção em
seus Estados, quando a delegação estiver a caminho da Europa. O treinador brasileiro, Vicente Feola, é contrário.
LITÍGIO RUBRO-NEGRO
Fleitas Solich ameaçou abandonar o comando técnico do
Flamengo. Segundo ele, uma
"tentadora proposta" do Valencia (ESP) aliada a "problemas
com o imposto de renda" inviabilizariam sua permanência.
CABEÇA FEITA
O escrete brasileiro concluiu
ontem a primeira etapa da avaliação psicológica coordenada
por João Carvalhaes. Ele, que
também foi um destacado cronista esportivo de boxe, está na
comissão técnica para evitar
"tremedeiras" em momentos
decisivos como a final da Copa
de 1950, quando o Brasil perdeu a taça do mundo mesmo
em casa, diante do Uruguai.
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