São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 2011

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Corrida por 2012 pode ser afetada

CICLISMO
Em meio a escândalo de doping, esporte sofre sem verba


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

Contando com uma renovação de patrocínio que se arrastava desde 2010, a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) agora encontra dificuldades em cumprir seu calendário de atividades.
A entidade é suspeita de acobertar e não punir casos de doping detectados em exames no ano passado.
O escândalo foi revelado há uma semana, quando, acreditam os dirigentes, o contrato da CBC com o Banco do Brasil seria renovado.
Alguns campeonatos já foram cancelados, como a Copa Norte/Nordeste de estrada, que seria realizada no fim de semana, em Salvador.
A confederação alegou "questões financeiras".
As seleções brasileiras masculina e feminina da categoria não sabem como irão à Venezuela para disputar uma competição que ocorrerá no final de semana.
A Volta Ciclística de Santa Catarina, que começa na terça, está ameaçada de não cumprir as exigências da UCI (União Ciclística Internacional) e de perder a chancela de competição internacional.
A UCI pede pelo menos cinco equipes estrangeiras. Geralmente as despesas dos times são pagas por organizadores e/ou patrocinadores.
Para tentar manter o padrão, a CBC deve pedir ajuda ao governo do Estado.
Incerteza paira sobre a Volta do Paraná, em junho.
Essas duas provas valem pontos na corrida por vagas nos Jogos de Londres-12.
Já a seleção de BMX corria o risco de não participar do Pan da modalidade, na Colômbia, no fim de semana, mas conseguiu embarcar.
O contrato da CBC com o Banco do Brasil acabou em outubro 2010 e, desde então, vinha sendo discutido. Com o escândalo de doping, o banco decidiu reavaliar a prorrogação do patrocínio.
A confederação sobrevive apenas de verba pública. O banco é responsável por 50% da orçamento anual da CBC. O restante é da Lei Piva, segundo José Luiz Vasconcellos, presidente da entidade.
Em 2010, o repasse das loterias à confederação chegou a R$ 1,8 milhão. O valor do contrato entre o banco e a CBC é mantido em sigilo.
"Se a confederação perder esse patrocínio, teremos de reestruturar nossos planos", disse Vasconcellos.
Segundo o dirigente, os repasses eram utilizados na organização e execução do calendário e nas despesas das seleções brasileiras.


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