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Laterais estão perto dos cem jogos juntos na seleção
DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN
Fazer cem jogos pela seleção
brasileira já não é tão difícil.
Mas fazer uma centena de partidas com a camisa do time tendo um mesmo parceiro ao lado
só é possível para os laterais
Cafu, 36, e Roberto Carlos, 33.
Nenhuma dupla defendeu
tanto o time nacional. Já são 90
jogos da seleção principal com
os dois em campo ao mesmo
tempo (sem contar seis pelo time olímpico). Como o Brasil
pode fazer sete duelos no Mundial e tanto Cafu como Roberto
Carlos não falam em aposentadoria, a marca de cem partidas
juntos é dada como certa.
A dupla que chega mais perto
disso é a formada por outros
dois laterais, Djalma Santos e
Nílton Santos, mas com quase
três dezenas de jogos a menos
que os atuais titulares.
Recordistas também de jogos
com a seleção de forma individual -são, segundo dados da
CBF, 146 para o lateral-direito
e 128 para o esquerdo-, a dupla
é afiada também fora de campo.
Ambos têm a mesma assessoria, amigos em comum e a
mesma disposição para enfrentar os críticos, que abundaram
nos últimos anos para dizer
que, sem o vigor físico do passado, Cafu e Roberto Carlos não
têm mais a mesma utilidade.
"O tempo que fiquei fora [lesionado] foi bom. Estou perto
dos 100%", afirma Cafu. "Minha forma não será problema",
diz Roberto Carlos.
Com a saúde quase sempre
em dia, os dois formam uma
dupla com a constância que falta para outras parcerias famosas. Desde 1999, por exemplo,
eles somam 56 partidas pelo time nacional. No mesmo período, Ronaldo e Ronaldinho atuaram ao mesmo tempo com a camisa do Brasil apenas 33 vezes.
Carlos Alberto Parreira, que
reuniu os dois pela primeira
vez na seleção principal em
1992 (mas, ao deixar Roberto
Carlos de fora, impediu os dois
de estarem juntos na Copa-94),
sempre defende seus pupilos.
"Uns podem falar que eles
são velhos, mas para mim são
jogadores muito experientes.
Isso é o que interessa, o que é
importante na Copa."
O treinador definiu, ainda na
Suíça, Cafu como um fenômeno físico. Também na primeira
etapa de preparação brasileira
para a Copa, Parreira disse que
não queria seus dois laterais
atacando como "loucos", mas
mudou de idéia rapidamente
-mandou ambos avançarem
bastante no amistoso contra a
Nova Zelândia (4 a 0).
Mesmo sem nunca terem jogado no mesmo clube, os dois
laterais da seleção são tão ligados que fazem até planos juntos. Um deles é deixar a seleção
ao mesmo tempo. Se isso acontecer, o desejo de Roberto Carlos de ser o recordista de jogos
pelo Brasil vai acabar. "Ele [Cafu] não pára nunca", conforma-se o lateral-esquerdo, em tom
de brincadeira.
(EAR, PC, RP E SR)
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