São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

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Rusga põe fogo em decisão histórica

Roger Federer e Rafael Nadal se enfrentam pela 1ª vez desde que suíço atacou treinador do adversário, há um mês

Famoso pela frieza, Federer joga no Aberto da França para evitar novo revés contra espanhol e dar resposta ao técnico rival


TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um recente desentendimento poderá transformar hoje a maior rivalidade do tênis atual em uma batalha entre inimigos.
Às 10h deste domingo, quando Roger Federer e Rafael Nadal iniciarem a decisão do Aberto da França, em Roland Garros, uma rusga iniciada há um mês terá novo capítulo.
Dentro e fora da quadra.
Tudo começou na decisão do Masters Series de Roma. Nadal venceu Federer após mais de cinco horas de jogo. Irritado com o comportamento do técnico do rival, Federer tirou satisfações com o treinador durante a partida. E depois.
"Ele passava orientações demais. Sim, eu o peguei no ato", disse Federer, que durante o jogo travou um curto e ríspido diálogo com o treinador.
A razão para o destempero do suíço com Nadal? Talvez o retrospecto contra o espanhol: só uma vitória em seis duelos.
Um acinte para quem desfila 124 vitórias em 127 jogos contra todos os outros tenistas nas últimas duas temporadas.
Rafael tomou as dores de Toni Nadal, seu tio. E técnico desde os quatro anos.
"É preciso ser elegante na vitória e na derrota. Ele atacou minha equipe sem motivos", falou Nadal. "Não acho que Rafael deixe Federer nervoso. Ele apenas coloca Federer de volta ao chão", rebateu Toni Nadal após o título do pupilo.
O suíço ganhou adeptos na cruzada anti-Nadal. Anteontem, Ivan Ljubicic fez novas críticas a Rafael e seu tio. "Era um absurdo o tempo que ele [Nadal] levava entre os pontos", falou. E David Nalbandian, rival de Federer na semifinal, declarou ao suíço que torcerá pelo seu triunfo.
Em Roland Garros, tanto Nadal quanto Federer evitaram declarações polêmicas. Talvez por terem algo maior em jogo do que rusgas particulares.
Federer, se bater Nadal, atingirá um feito alcançado por apenas dois tenistas (Donald Budge, em 1938, e Rod Laver, em 1962 e 1968-69) em toda a história: ter os quatro títulos de Grand Slam ao mesmo tempo.
De quebra, colocará ponto final na maior invencibilidade de um tenista no saibro: Nadal não perde no piso há 59 jogos. E, em caso de triunfo hoje, só deve colocar a série em jogo em 2007.


NA TV - Aberto da França ESPN, ao vivo, às 10h


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