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Rusga põe fogo em decisão histórica
Roger Federer e Rafael Nadal se enfrentam pela 1ª vez desde que suíço atacou treinador do adversário, há um mês
Famoso pela frieza, Federer joga no Aberto da França para evitar novo revés contra espanhol e dar resposta ao técnico rival
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um recente desentendimento poderá transformar hoje a
maior rivalidade do tênis atual
em uma batalha entre inimigos.
Às 10h deste domingo, quando Roger Federer e Rafael Nadal iniciarem a decisão do
Aberto da França, em Roland
Garros, uma rusga iniciada há
um mês terá novo capítulo.
Dentro e fora da quadra.
Tudo começou na decisão do
Masters Series de Roma. Nadal
venceu Federer após mais de
cinco horas de jogo. Irritado
com o comportamento do técnico do rival, Federer tirou satisfações com o treinador durante a partida. E depois.
"Ele passava orientações demais. Sim, eu o peguei no ato",
disse Federer, que durante o jogo travou um curto e ríspido
diálogo com o treinador.
A razão para o destempero
do suíço com Nadal? Talvez o
retrospecto contra o espanhol:
só uma vitória em seis duelos.
Um acinte para quem desfila
124 vitórias em 127 jogos contra todos os outros tenistas nas
últimas duas temporadas.
Rafael tomou as dores de Toni Nadal, seu tio. E técnico desde os quatro anos.
"É preciso ser elegante na vitória e na derrota. Ele atacou
minha equipe sem motivos",
falou Nadal. "Não acho que Rafael deixe Federer nervoso. Ele
apenas coloca Federer de volta
ao chão", rebateu Toni Nadal
após o título do pupilo.
O suíço ganhou adeptos na
cruzada anti-Nadal. Anteontem, Ivan Ljubicic fez novas
críticas a Rafael e seu tio. "Era
um absurdo o tempo que ele
[Nadal] levava entre os pontos", falou. E David Nalbandian, rival de Federer na semifinal, declarou ao suíço que torcerá pelo seu triunfo.
Em Roland Garros, tanto Nadal quanto Federer evitaram
declarações polêmicas. Talvez
por terem algo maior em jogo
do que rusgas particulares.
Federer, se bater Nadal, atingirá um feito alcançado por
apenas dois tenistas (Donald
Budge, em 1938, e Rod Laver,
em 1962 e 1968-69) em toda a
história: ter os quatro títulos de
Grand Slam ao mesmo tempo.
De quebra, colocará ponto final na maior invencibilidade de
um tenista no saibro: Nadal não
perde no piso há 59 jogos. E, em
caso de triunfo hoje, só deve colocar a série em jogo em 2007.
NA TV - Aberto da França
ESPN, ao vivo, às 10h
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