São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 2009

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São Paulo aceita modificar projeto para o Morumbi

Após reunião com comitê organizador, clube decide mudar estrutura do estádio para ser incluído no Mundial de 2014

São-paulinos insistem em implantar as reformas com a arena aberta, mas Fifa quer fechá-la; time pode ter que mandar jogos no Pacaembu


SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Os dirigentes do São Paulo terão até o dia 31 de agosto para conseguir a aprovação do Morumbi para a Copa-2014. Essa foi a data fixada ontem pelo COL (Comitê Organizador Local) do Mundial aos representantes do clube paulistano no encontro realizado no Rio.
Os executivos do COL exigiram pelo menos quatro mudanças no projeto atual de reforma do estádio, vetado pela Fifa. A maior alteração será a área ocupada pelos jornalistas, que sairá do anel intermediário do Morumbi e pegará quase 25% do anel da arquibancada.
O COL também exigiu um estacionamento de 3.000 vagas próximo ao estádio (poderá ser construído no subsolo da praça Roberto Gomes Pedrosa), uma área de 85 mil metros quadrados fora do Morumbi para os convidados dos patrocinadores oficiais do evento e para os turistas que usarão os serviços da operadora oficial da Fifa, além de estacionamento para 60 caminhões de mídia. O São Paulo oferecerá parte da sua área social (a 200 metros do estádio).
""Ouvimos os pedidos deles e vamos ajustar o nosso projeto. Não acreditamos que vamos ficar fora da Copa por causa disso", disse Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente do São Paulo.
Apesar de os organizadores do Mundial terem estabelecido um prazo para a inclusão do Morumbi na competição, o comitê de São Paulo descartou a possibilidade de construir um estádio novo na cidade.
""Estamos apostando que o Morumbi vai conseguir. Não pretendemos gastar dinheiro público para construir um quinto estádio na cidade", disse Caio Luiz de Carvalho, coordenador do comitê paulista.
O projeto de reforma do Morumbi que foi vetado pela Fifa estava orçado em cerca de R$ 230 milhões, sendo R$ 130 milhões para adequar a arena aos moldes da Fifa e o restante para erguer uma cobertura.
Os representantes do comitê de São Paulo não sabiam ontem precisar se as mudanças exigidas pelo COL encareceriam a reforma do estádio.
Na reunião de ontem, o São Paulo tentou convencer os dirigentes do COL sobre a possibilidade de a obra ser realizada com o Morumbi aberto para jogos. ""A reforma será feita por setores e em nada vai atrapalhar o cronograma", declarou Guerreiro, que não recebeu o sinal verde do comitê local.
Segundo a Fifa, os estádios envolvidos no Mundial de 2014 terão que ter suas obras iniciadas no máximo em fevereiro do próximo ano. A entidade que controla o futebol mundial já informou que todas as arenas terão que estar fechadas.
""Se não conseguirmos ficar com o Morumbi aberto, a Prefeitura de São Paulo já nos garantiu que vamos poder jogar no Pacaembu", acrescentou o vice-presidente são-paulino.
Guerreiro informou ainda que o São Paulo negocia com uma série de empresas para bancar a reforma de seu estádio. AmBev, Itaú e Volkswagen apresentaram propostas para investir no novo Morumbi.


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