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São Paulo aceita modificar projeto para o Morumbi
Após reunião com comitê organizador, clube decide mudar estrutura do estádio para ser incluído no Mundial de 2014
São-paulinos insistem em implantar as reformas com a arena aberta, mas Fifa quer fechá-la; time pode ter que mandar jogos no Pacaembu
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Os dirigentes do São Paulo
terão até o dia 31 de agosto para
conseguir a aprovação do Morumbi para a Copa-2014. Essa
foi a data fixada ontem pelo
COL (Comitê Organizador Local) do Mundial aos representantes do clube paulistano no
encontro realizado no Rio.
Os executivos do COL exigiram pelo menos quatro mudanças no projeto atual de reforma do estádio, vetado pela
Fifa. A maior alteração será a
área ocupada pelos jornalistas,
que sairá do anel intermediário
do Morumbi e pegará quase
25% do anel da arquibancada.
O COL também exigiu um estacionamento de 3.000 vagas
próximo ao estádio (poderá ser
construído no subsolo da praça
Roberto Gomes Pedrosa), uma
área de 85 mil metros quadrados fora do Morumbi para os
convidados dos patrocinadores
oficiais do evento e para os turistas que usarão os serviços da
operadora oficial da Fifa, além
de estacionamento para 60 caminhões de mídia. O São Paulo
oferecerá parte da sua área social (a 200 metros do estádio).
""Ouvimos os pedidos deles e
vamos ajustar o nosso projeto.
Não acreditamos que vamos ficar fora da Copa por causa disso", disse Ataíde Gil Guerreiro,
vice-presidente do São Paulo.
Apesar de os organizadores
do Mundial terem estabelecido
um prazo para a inclusão do
Morumbi na competição, o comitê de São Paulo descartou a
possibilidade de construir um
estádio novo na cidade.
""Estamos apostando que o
Morumbi vai conseguir. Não
pretendemos gastar dinheiro
público para construir um
quinto estádio na cidade", disse
Caio Luiz de Carvalho, coordenador do comitê paulista.
O projeto de reforma do Morumbi que foi vetado pela Fifa
estava orçado em cerca de R$
230 milhões, sendo R$ 130 milhões para adequar a arena aos
moldes da Fifa e o restante para
erguer uma cobertura.
Os representantes do comitê
de São Paulo não sabiam ontem
precisar se as mudanças exigidas pelo COL encareceriam a
reforma do estádio.
Na reunião de ontem, o São
Paulo tentou convencer os dirigentes do COL sobre a possibilidade de a obra ser realizada
com o Morumbi aberto para jogos. ""A reforma será feita por
setores e em nada vai atrapalhar o cronograma", declarou
Guerreiro, que não recebeu o
sinal verde do comitê local.
Segundo a Fifa, os estádios
envolvidos no Mundial de 2014
terão que ter suas obras iniciadas no máximo em fevereiro do
próximo ano. A entidade que
controla o futebol mundial já
informou que todas as arenas
terão que estar fechadas.
""Se não conseguirmos ficar
com o Morumbi aberto, a Prefeitura de São Paulo já nos garantiu que vamos poder jogar
no Pacaembu", acrescentou o
vice-presidente são-paulino.
Guerreiro informou ainda
que o São Paulo negocia com
uma série de empresas para
bancar a reforma de seu estádio. AmBev, Itaú e Volkswagen
apresentaram propostas para
investir no novo Morumbi.
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