São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2007

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[!] Foco

Sueco ensina brasileiros a impressionar árbitros

Barreira lingüística não é empecilho para atletas

FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO

O diálogo com os atletas ainda é raro nos treinos. O português segue uma barreira para o sueco Eric Lette. Mas, para levar o Brasil ao pódio no adestramento após 24 anos, a CBH (Confederação Brasileira de Hipismo), apostou no técnico. Ex-árbitro da FEI (Federação Eqüestre Internacional), Lette foi escolhido pela experiência com regras e critérios de avaliação dos cavaleiros.
"Era responsável pelo julgamento. Sei exatamente o que eles avaliam e o que faz o cavaleiro perder pontos", diz Lette, que deixou a FEI em 2001. No adestramento, são analisados os movimentos do conjunto (passo, trote ou galope). Quanto mais perfeita for a execução, maior a pontuação. Na prática, ele "ensina" aos brasileiros como agradar aos juízes durante a prova.
O sueco se divide entre os treinos no Brasil e a vida em Knivsta, nos arredores da capital Estocolmo. Assumiu a equipe brasileira em 2005. Desde então, viajou ao país para ministrar clínicas. Aproveitou para observar 19 conjuntos, dos quais três saíram para o Pan. "Ele [Lette] consegue ver os treinos com outros olhos", diz a chefe da equipe brasileira, Sabine Bilton. "A presença dele fez a equipe crescer muito." O Brasil só conquistou medalha na modalidade em Caracas-1983: foram dois bronzes. "Temos chances muito boas.
EUA e Canadá são as principais forças, mas o México também está na disputa", conta Bilton. A equipe perdeu Pia Aragão. Seu cavalo, Nirvana Interagro, teve uma inflamação intestinal.
Sem montaria, ela desistiu do Pan. Rogério Clementino herdou a vaga e disputará os Jogos ao lado de Renata Costa e de Jorge Ferreira da Rocha.


As provas de adestramento do HIPISMO acontecem de 14 a 18 de julho


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