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[!] Foco
Sueco ensina brasileiros a impressionar árbitros
Barreira lingüística não é empecilho para atletas
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
O diálogo com os atletas ainda é raro nos treinos. O português segue uma barreira para o
sueco Eric Lette. Mas, para levar o Brasil ao pódio no adestramento após 24 anos, a CBH
(Confederação Brasileira de
Hipismo), apostou no técnico.
Ex-árbitro da FEI (Federação Eqüestre Internacional),
Lette foi escolhido pela experiência com regras e critérios
de avaliação dos cavaleiros.
"Era responsável pelo julgamento. Sei exatamente o que
eles avaliam e o que faz o cavaleiro perder pontos", diz Lette,
que deixou a FEI em 2001.
No adestramento, são analisados os movimentos do conjunto (passo, trote ou galope).
Quanto mais perfeita for a execução, maior a pontuação.
Na prática, ele "ensina" aos
brasileiros como agradar aos
juízes durante a prova.
O sueco se divide entre os
treinos no Brasil e a vida em
Knivsta, nos arredores da capital Estocolmo. Assumiu a equipe brasileira em 2005. Desde
então, viajou ao país para ministrar clínicas. Aproveitou para observar 19 conjuntos, dos
quais três saíram para o Pan.
"Ele [Lette] consegue ver os
treinos com outros olhos", diz a
chefe da equipe brasileira, Sabine Bilton. "A presença dele
fez a equipe crescer muito."
O Brasil só conquistou medalha na modalidade em Caracas-1983: foram dois bronzes.
"Temos chances muito boas.
EUA e Canadá são as principais
forças, mas o México também
está na disputa", conta Bilton.
A equipe perdeu Pia Aragão.
Seu cavalo, Nirvana Interagro,
teve uma inflamação intestinal.
Sem montaria, ela desistiu do
Pan. Rogério Clementino herdou a vaga e disputará os Jogos
ao lado de Renata Costa e de
Jorge Ferreira da Rocha.
As provas de adestramento do HIPISMO
acontecem de 14 a 18 de julho
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