"Se eu indicasse uma, ficaria inimigo de muitas", diz presidente, na Itália

Em programa na TV, no início da semana, Ronaldo destacou "auxílio" para construção do centro de treinamentos do clube

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A ÁQUILA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu ontem ter conversado com a diretoria do Corinthians a respeito da construção do estádio do clube, mas negou que tivesse indicado empreiteiras para os cartolas.
Desmentiu, assim, o atacante Ronaldo, que afirmara que o presidente estava ajudando o time paulista com indicações de empreiteiras. Segundo ele, para o centro de treinamentos.
Em entrevista coletiva ao final das cúpulas realizadas na cidadezinha italiana de Áquila, o presidente lembrou que o Corinthians, "desde 1963", sonha em construir um estádio, mas "nunca conseguiu".
Quando a diretoria do clube o procurou com um "projeto de estádio para a Copa do Mundo [de 2014]", teria sugerido que contatasse uma empresa, para a construção, bancos, para o financiamento, e que apresentasse um "projeto sério" e "garantias concretas".
Mas diz que não indicou nenhuma empresa, "porque tem muitas e, se eu indicasse uma, ficaria inimigo de muitas".
Na segunda, Ronaldo disse no programa "Bem, Amigos", do Sportv, que Lula estava "ajudando o Corinthians", por meio da indicação de empreiteiras, supostamente para a construção de um centro de treinamentos, o que não é obviamente atribuição do presidente.
Lula aproveitou para dizer que o Ronaldo de que gosta "é o Ronaldo dos três gols contra o Fluminense".
Desde que foi contratado para jogar no Corinthians, o atacante já se encontrou pelo menos duas vezes com o presidente. Assim, acabaram as rusgas entre os dois, surgidas pouco antes da Copa de 2006, quando eles trocaram farpas.
Corintiano fanático, Lula é conselheiro vitalício do Corinthians e tem recebido o time após suas conquistas.



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