DE JOHANNESBURGO
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

A seleção espanhola, frequentemente um ponto de discórdia entre as diversas comunidades autônomas do país, desta vez poderá ser um fator de união. Pelo menos é o que acredita o técnico Vicente del Bosque, em caso de vitória contra a Holanda.
"Temos jogadores de todos os lugares. Há uma união, e tomara que se estenda para todo o país. Esses acontecimentos esportivos podem servir para isso, que o povo não seja tão radical, que exista uma melhor relação entre as comunidades na Espanha", disse Del Bosque.
Dos 23 convocados para a Copa, oito são nascidos na Catalunha, onde fica Barcelona, e três no País Basco. As duas regiões têm fortes sentimentos nacionalistas e facções radicais que defendem a independência da Espanha. Também há seleções locais, não reconhecidas pela Fifa.
Del Bosque disse que o rei Juan Carlos telefonou e desejou boa sorte. A monarquia, assim como a seleção espanhola, é uma instituição nacional vista de forma polêmica por catalães e bascos. "O rei pediu que mantivéssemos o espírito para que possamos ganhar", declarou o técnico.
O meia Xavi disse que a disputa da taça é uma oportunidade para os espanhóis começarem a olhar seu país de outro modo. "É importante que as pessoas se sintam orgulhosas da Espanha e não só da sua seleção." (FZ E RM)

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