São Paulo, domingo, 11 de julho de 2010

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Atacante vira trapaceiro na África e é vaiado

DO ENVIADO A PORT ELIZABETH

A defesa do atacante uruguaio Luis Suárez nos segundos finais da prorrogação contra Gana nas quartas de final pode tê-lo tornado um ídolo eterno em seu país, porém, para muita gente, ele virou mesmo um trapaceiro.
Ontem, em Port Elizabeth, logo que sua figura apareceu no telão do estádio Nelson Mandela Bay, surgiram muitas vaias.
Exceção feita aos torcedores uruguaios presentes, ficou clara a insatisfação com a atitude dele de impedir deliberadamente com as mãos o gol que levaria Gana às semifinais.
Durante a partida, vaias apareciam toda vez que o atacante tocava na bola.
Nem havia tantos torcedores alemães no estádio. É que Gana era o último representante africano na Copa, e a imagem de Luis Suárez impedindo o sucesso do continente parece ter ficado, até pelo discurso do técnico dos ganenses, o sérvio Milovan Rajevac.
"Alguns dizem que Suárez é um herói. Agora, ele está orgulhoso. Pensem um pouco. Não é um herói, é um trapaceiro vulgar. Que mão de Deus? Foi a mão do diabo", falou o treinador ao diário búlgaro "Meridian Match".
Eliminado do Mundial, Rajevac pediu à Fifa que reveja as regras do futebol por conta desse lance.
"A Fifa devia mudar as regras depois dessa fraude. Os árbitros deveriam dar o gol, e não marcar um pênalti, se alguém tira a bola com a mão na linha, como aconteceu", afirmou o treinador de Gana.
"Poderíamos ter chegado à final e proporcionado uma grande surpresa com um campeão africano", completou ele. (RBU)


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