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Ingressos caros para o padrão local foram problema
DE JOHANNESBURGO
Uma lição que a Fifa leva
da África para o Brasil é a de
como é difícil tratar uma nação com renda média e grandes desigualdades sociais como se fosse um país europeu.
Até o penúltimo mês antes
da estreia, a procura por ingressos era fraca entre torcedores sul-africanos. Motivos:
poucos postos de venda tradicionais, confiança excessiva na internet e preços salgados. A Fifa foi obrigada a recuar e até pedir desculpas.
A mudança de estratégia
salvou do vexame os principais jogos, mas foi insuficiente para encher as arenas
em cidades periféricas. Os estádios de Bloemfontein, Rustenburgo e Nelspruit tiveram
partidas em que até 30% dos
assentos ficaram vazios.
O impacto na economia foi
menor do que o imaginado.
Apenas 130 mil empregos
criados, na grande maioria
temporários, e o setor informal marginalizado. A mão
pesada da Fifa em defender
patrocinadores gerou ressentimento que ambulantes não
esquecerão tão cedo.
A entidade também não
percebeu que o verão europeu é diferente do inverno
sul-africano. Os Fan Parks,
com exceção do de Durban,
cidade de clima ameno, tiveram público abaixo do esperado. No de Johannesburgo,
50 abnegados enfrentaram
noite de frio cortante para ver
ao ar livre a estreia do Brasil,
contra a Coreia do Norte.
(FZ)
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