São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2000


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Quem é o artilheiro do ano?

Juca Varella/Folha Imagem



Palmeiras confere hoje a força do atacante que mais fez gols no Brasileiro e em 2000


DA REPORTAGEM LOCAL E

DA AGÊNCIA FOLHA


O maior artilheiro do Brasil na temporada 2000 nunca foi convocado para a seleção brasileira. Jamais atuou em um clube do exterior. Também nunca atuou por um time "grande".
Dill, 26, do Goiás, lidera o ranking de artilheiros no ano, entre os jogadores de times da primeira divisão do país, e, de quebra, é o principal goleador da Copa João Havelange -só contra o Corinthians, na estréia da competição, marcou três gols.
Até agora, em 2000, o atacante, que começou a carreira no futebol de Brasília, já marcou 39 gols -só no Campeonato Estadual, em que conquistou o título da competição pela sexta vez, balançou as redes 29 vezes.
O vascaíno Romário, o segundo colocado no ranking da artilharia entre os times da elite do país, já anotou 37 gols -na Copa João Havelange, o atacante brasileiro mais famoso em atividade só marcou uma vez.
"Nunca vou deixar a fama subir à cabeça. Só penso em trabalhar com humildade", disse ontem o atacante.
Para Dill, os holofotes da fama repentina acontecem depois de anos de ostracismo no clube do Centro-Oeste, que no ano passado disputou a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Dos jogadores do Goiás que formaram o time que disputou as semifinais do Brasileiro em 1996, o atacante, que nasceu no Maranhão, foi um dos raros que não conseguiram uma transferência para um grande clube do país.
Daquela equipe, Lúcio, Evandro, Reidner, Romeu e Augusto foram para clubes do Rio de Janeiro ou de São Paulo.
Hoje, todos esses jogadores, ao contrário do amigo "esquecido" em Goiás, passam por momentos de pouco destaque.
Sem os companheiros, os gols de Dill ficaram mais raros.
Nas edições de 1997 e 1998 do Brasileiro, o atacante, que chegou a ficar na reserva, teve uma média ridícula para um jogador da sua posição -em 27 jogos, fez só quatro gols -0,15 por partida.
Agora, é o principal responsável pela campanha do Goiás na Copa João Havelange. Em quatro jogos, o time, que hoje enfrenta o Palmeiras, no Parque Antarctica, às 20h30, é o único time da competição com um aproveitamento de 100% dos pontos disputados.
Dos sete gols anotados pelo time, Dill foi responsável por seis. Dessa forma, o atacante tem uma média de 1,5 gol feito por partida.
Entre as outras equipes que disputam a Copa João Havelange, 21 não conseguiram superar a marca que Dill tem, sozinho, até agora.


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