São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2008 |
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Palmeiras puxa grupo de rivais
Equipe paulista perde do Botafogo no Engenhão e encerra 1º turno com cinco adversários no seu encalço
Botafogo 1 Palmeiras 0 RENAN CACIOLI DA REPORTAGEM LOCAL Quando o jogo termina com o goleiro de um time subindo à área do outro para tentar trocar as mãos pelos pés ou pela cabeça, é sinal de que as coisas não saíram como o esperado. Foi assim que o incansável Marcos encerrou sua participação na derrota do Palmeiras para o Botafogo, ontem à tarde, no estádio Engenhão, no Rio. "A gente não chegou, não teve presença ofensiva. Se só passar o jogo todo se defendendo, fica difícil", disse o camisa 12 palmeirense após o apito final. O revés deixou o Palmeiras como o terceiro melhor time da primeira metade do Brasileiro, com 34 pontos, dois atrás do vice Cruzeiro, e a sete do Grêmio. O grande problema, porém, é o que aconteceu com quem vinha atrás da equipe alviverde, no encerramento da 19ª rodada. Todos venceram, formando um bloco de seis equipes cuja distância do primeiro para o último é de apenas três pontos. Na cola do Palmeiras estão São Paulo (33 pontos), Vitória (32), Coritiba (32), Flamengo (31) e Botafogo (31). O algoz de ontem somou seu sexto jogo invicto (cinco vitórias e um empate). A reação surpreendente -antes desta série, o time estava a três pontos da zona do rebaixamento- já faz os comandados do técnico Ney Franco almejarem muito mais que a entrada no G4. "É cedo para falar em título, mas que é um sonho, é. Temos 19 jogos para encostarmos aos poucos", disse o volante Túlio. O sonho alvinegro começa no próximo fim de semana, contra o Sport, no Recife. Já o Palmeiras encara logo um oponente direto do "grupo dos seis", o Coritiba, em casa. Antes, enfrenta o Vasco, na quarta, na estréia pela Copa Sul-Americana. O Palmeiras foi quase um espectador do Botafogo durante boa parte do duelo de ontem, confirmando o desempenho ruim apresentado longe de casa durante todo o primeiro turno. Quando visitante, o clube obteve apenas 30% dos 30 pontos disputados, contra os 92,6% de aproveitamento em casa. O Datafolha contabilizou 18 finalizações dos cariocas (cinco certas e uma no travessão) contra sete dos paulistas (quatro corretas). O Botafogo também foi mais vezes à linha de fundo (18 a 11) e perdeu menos bolas (44 a 65) que o adversário. Os lances pelas pontas, ora com Jorge Henrique ora com Triguinho, expuseram outro defeito marcante do Palmeiras até aqui neste campeonato: a fragilidade nas bolas aéreas. O único gol da tarde surgiu de um lance de Jorge Henrique pelo lado direito. O cruzamento chegou à Zé Carlos, sozinho na área, que marcou de cabeça o sétimo gol, de 21, sofrido pelo Palmeiras desta forma. "Já até acostumei a tomar gol desse jeito. Chega até o fundo, cruza e é gol", disse Marcos. O arqueiro, aliás, foi o responsável por impedir um placar mais elástico a favor dos botafoguenses ao salvar o Palmeiras em dois lances capitais ainda no primeiro tempo. Aos 15min, ele saiu nos pés de Gil e impediu a conclusão do atacante botafoguense. Dois minutos depois, o camisa 12 do Palmeiras pegou cabeçada à queima-roupa do meia Lúcio Flávio, que aproveitou cruzamento preciso feito por Triguinho pelo lado esquerdo. "Nós tivemos alguns problemas, principalmente de posicionamento, coisa que o Botafogo também teve", disse o técnico Vanderlei Luxemburgo. Texto Anterior: José Geraldo Couto: O símbolo e os números Próximo Texto: Luxemburgo já prevê time sem Valdivia Índice |
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