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RARA ESTREIA
Contra os EUA, time de Mano Menezes convence como poucos no primeiro jogo
de um técnico com a seleção
EUA 0
Brasil 2
Neymar, aos 28min, e Alexandre
Pato, aos 46min do 1º tempo
Jeff Zelevansky/Getty Images/France Presse
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Pato comemora seu gol, o 2º do Brasil no New Meadowlands
CRISTINA FIBE
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A NOVA JERSEY
Na história recente da seleção brasileira, a missão de
cada treinador após a estreia
de cada um no cargo era fazer
o time sair da mediocridade
da primeira partida. A tarefa
de Mano Menezes será evitar
o excesso de euforia.
Com um primeiro tempo
sublime, e uma formação
com três atacantes e Paulo
Henrique Ganso como maestro no meio-campo, o Brasil
venceu ontem, em Nova Jersey, a razoavelmente forte
equipe dos EUA por 2 a 0.
Um cartão de visitas raro
para um treinador estreante.
Luiz Felipe Scolari começou
perdendo para o Uruguai.
Carlos Alberto Parreira apenas empatou com a fraca China, assim como Dunga diante da mediana Noruega.
A camisa não pesou para
os estreantes. Remanescentes da Copa, como Ramires e
Robinho, brilharam. Resgatados por Mano, como o lateral André Santos, tiveram
participações decisivas.
A falta de entrosamento
não evitou que o time esbanjasse eficiência na troca de
passes. Foram, segundo o
Datafolha, mais de 600 passes e aproveitamento de
93%, números bem acima
dos vistos na Copa de 2010.
Nada de esperar o rival na
defesa, recuperar a bola e
partir para o contra-ataque,
as marcas dos quase quatro
anos da gestão Dunga.
Em Nova Jersey, Robinho
dava passes açucarados para
os companheiros. E foi o novo capitão da seleção que iniciou a jogada do primeiro gol
da gestão do técnico gaúcho.
Aos 28min, ele tocou para
André Santos. O lateral cruzou para Neymar, de cabeça,
marcar, repetindo assim Pelé, que também balançou as
redes na sua estreia com a camisa amarela. Na comemoração, um repeteco das coreografias nos tentos do Santos.
O segundo gol foi de matar
de inveja até a Espanha, que
ganhou a Copa com um toque de bola preciso, mas falhando nas finalizações. Nos
acréscimos do primeiro tempo, Ramires lançou Alexandre Pato. O atacante do Milan
driblou o goleiro e fez 2 a 0.
No segundo tempo, aos
8min, Robinho acertou a trave. A partir dos 14min, com a
entrada de Hernanes na vaga
de Ramires, Mano começou a
desconfigurar o time titular.
Só que, ao contrário da época
de Dunga, quando os reservas não mantinham o nível, o
Brasil prosseguia bem.
Os gritos de "olé" apareceram, e Ganso, antes de aplicar um elástico em um rival,
acertou a trave. "Foi uma vitória com a cara da seleção
brasileira", falou o meia.
O único estreante sem motivo para festejar foi o meia
Ederson. Segundos após
substituir Neymar, sentiu
uma lesão e deixou o campo.
Não foi impedimento para
fazer da estreia de Mano a
melhor de um treinador da
seleção em duas décadas.
ANTES
Mano escala
três atacantes, dois laterais ofensivos e volantes
habilidosos. Os EUA mudam bem a base do time
que disputou a Copa
DURANTE
A aposta do
novo treinador do time
nacional dá certo. O
Brasil esbanja categoria
na troca de passes e
domina o adversário
DEPOIS
Não fossem erros de finalização, o Brasil venceria os EUA pelo
maior placar na história
(nunca ganhou por mais
de 3 gols de diferença)
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