São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2011

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Surra

Seleção perde da Alemanha, no 3º revés de Mano , em 4 duelos, para um rival da elite do futebol

Alemanha 3
Schweinsteiger, aos 15min, Götze, aos 21min, e Schurrle, aos 34min do 2º tempo

Brasil 2
Robinho, aos 26min, e Neymar, aos 47min do 2º tempo

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART

Começou mal o segundo ano de Mano Menezes como técnico da seleção brasileira.
Tão mal que o próprio técnico admitiu que haverá mudanças no time, que neste ano ainda enfrenta México, Argentina, Itália e Espanha.
O Brasil levou uma aula de futebol da Alemanha e continua, na era Mano, sem vencer um adversário da elite.
Mas, diferentemente do que ocorreu nas derrotas ante Argentina e França e no empate com a Holanda, ontem o Brasil foi dominado do início ao fim. Com exceção de um pequeno período do segundo tempo, foi massacrado pela Alemanha, que monopolizou a posse de bola.
Os dois zagueiros jogavam sobre a linha central, enquanto os volantes Schweinsteiger e Kroos acampavam no campo de ataque. Dali ditavam o jogo, com o auxilio luxuoso de Götze, 19.
A seleção não conseguia sair da marcação por pressão dos alemães. O time de Mano não era capaz de ultrapassar a própria intermediária nem trocar passes.
E Ganso assistia a tudo isso do banco de reservas.
Mano barrou o meia do Santos, deu a 10 para Neymar e testou Fernandinho, 26, do Shakhtar Donetsk, que só foi notado quando deu um carrinho violento em Götze.
A seleção só existiu em contra-ataques. E não soube aproveitá-los. Neymar e Pato falharam diante de Neuer.
Mano não mudou o time no intervalo, e o Brasil pouco melhorou no segundo tempo. Desperdiçou as raras chances que conseguiu criar.
A Alemanha, não. Götze começou a justificar a fama que já tem no país. Em jogada sua, Kroos foi derrubado na área por Lúcio, o capitão brasileiro. Schweinsteiger cobrou com perfeição: 1 a 0.
Poucos minutos depois, Götze, já uma joia do Borussia Dortmund, driblou Júlio César e anotou um golaço.
O Brasil respondeu logo. Daniel Alves, numa subida ao ataque, algo que pouco fez no clássico, sofreu falta dentro da área. Robinho cobrou bem a penalidade e diminuiu.
A 20 minutos do fim, o Brasil até parecia em condições de reagir. Mas sucumbiu. André Santos perdeu infantilmente para Schweinsteiger uma bola dominada na área, e Schürrle aproveitou para fazer 3 a 1.
As entradas de Ganso, de Fred e de Luiz Gustavo não mudaram o panorama do jogo.
Ainda houve tempo para Neymar, artilheiro da era Mano, fazer nos acréscimos o segundo do Brasil, o que serviu para deixar o placar apertado, mas não reduziu a dimensão da surra.


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