São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

FOCO

Bia Maia, 15, entra no ranking após derrotar 'professoras'

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Em seus primeiros torneios profissionais, a tenista Beatriz Haddad Maia, 15, autodenomina-se uma aprendiz.
"Tô jogando para ver como é. Se ganhar, ótimo, mas estou aqui para aprender."
Com as "aulas" nas últimas semanas, ela entrou no ranking da WTA (Associação das Tenistas Mulheres) _é a mais jovem entre as 30 brasileiras que aparecem na lista.
Para figurar nela, é necessário obter pontuação em pelo menos três torneios.
Canhota, 1,84 m e conhecida como Bia Maia, ela obteve seu primeiro ponto com o convite para Campos do Jordão, em julho. Caiu na estreia diante de Karen Castiblanco (COL), 23. Na semana passada, foi convidada para jogar em São Paulo. Bateu quatro rivais, inclusive Castiblanco, e terminou em segundo.
A inclusão no ranking foi confirmada nesta semana, também em São Paulo, com a vitória sobre Natasha Lotuffo, 711ª do ranking, por 2 a 0.
E a boa fase não parou aí. Ontem, Bia Maia dominou a argentina Francesca Rescaldani e hoje encara a brasileira Nataly Kurata, 524ª, em revanche da semana passada.
"Ela é uma grande promessa e tem uma qualidade diferenciada", disse Patrício Arnold, diretor do departamento infantojuvenil da Confederação Brasileira de Tênis.
Bia Maia treina desde o fim de 2010 na academia de Larri Passos, ex-técnico de Guga, em Camboriú (SC), e Arnold diz que já vê evolução.
"Ela está atacando mais e jogando mais em cima da linha, diferentemente da maioria das outras meninas."
Roberto Carvalho, técnico da tenista, diz que o trabalho está direcionado para ela tentar impor seu jogo e "não esperar o erro da adversária".
Coordenador do Instituto Tênis, do qual a rival Kurata faz parte, o francês Didier Rayon faz muitos elogios.
"Desde que estou aqui, não teve nenhuma menina com potencial tão grande", disse ele, no país há 25 anos. Por ser tão jovem, Bia Maia terá empecilhos. Para sua idade, há limite de seis torneios profissionais por ano.
Por isso, sua agenda será mesclada com torneios juvenis. No fim do mês, ela viaja para Nova York para a chave juvenil do Aberto dos EUA.


Texto Anterior: Rodrigo Bueno
Próximo Texto: Brasil sofre com falta de armadores
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.