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FUTEBOL
Goiás e Grêmio dizem ter registro do atleta na CBF e vão ao STJD, em caso que já tem ações de Cruzeiro, Paraná e Juventude
Grafite põe Brasileiro, de novo, na Justiça
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Grêmio e Goiás afirmam terem
contratos em vigor com o atacante Grafite e a prova de que ele está
inscrito na CBF, e esse problema
vai ser resolvido no STJD.
O resultado vai atingir outros
três clubes, que recorreram ao tribunal para reaver os pontos perdidos para os goianos com o jogador em campo -12 no total.
Pela quinta vez neste Brasileiro,
o STJD é acionado para dirimir
imbróglios de equipes que contestam a regularidade de atletas
rivais -Ponte Preta, Flamengo,
Santos e Paysandu foram acusados de usar jogadores irregularmente. E o BID (Boletim Informativo Diário) da CBF é mais uma
vez o pivô da celeuma.
O Grêmio defende ter em mãos
um documento da CBF, de 15 de
agosto, com a lista de todos os
seus jogadores. Entre eles estaria
Edinaldo Batista Libânio, o Grafite, 24, segundo César Dias Neto,
vice-presidente jurídico do clube.
"Nós emprestamos o Grafite no
começo do ano para um time da
Coréia. Sem a nossa anuência, ele
voltou para o Brasil e assinou com
o Goiás. Como pôde a CBF inscrevê-lo?", questionou o dirigente.
O Goiás não teme ser punido.
Afirma que inscreveu o atleta baseado em uma liminar da Justiça
do Trabalho de fevereiro de 2003.
Para os goianos, o Grêmio, lanterna do Brasileiro, perdeu os direitos sobre o jogador por causa
da liminar. Além disso, o clube
tem em mãos o BID do dia 31 de
julho. Nele está publicada a inscrição do contrato de Grafite, válido
de julho a dezembro de 2003.
"A nossa defesa é muito simples. O contrato do Grafite com o
Grêmio foi rescindido pela liminar da Justiça do Trabalho. E decisão da Justiça não se discute",
afirmou João Bosco, diretor jurídico do Goiás, que vai entregar
hoje no STJD a defesa no clube
nos quatro processos abertos pelas queixas de Grêmio, Cruzeiro,
Paraná e Juventude.
Segundo o presidente do tribunal, Luiz Zveiter, o órgão também
vai consultar a CBF sobre a situação do jogador. "Temos que saber
tudo sobre essa história de dois
documentos da CBF. Em tese, a
publicação do contrato no BID regulariza a situação de um atleta.
Mas é preciso saber como foi feita
a regularização da inscrição. Se foi
de boa-fé", disse Zveiter.
O diretor do Departamento de
Registros, Luiz Gustavo Vieira,
disse que a CBF não se manifestará e o imbróglio que será julgado
pelo STJD. Ele, porém, afirmou
que não tem conhecimento do
documento que o Grêmio diz ter.
"Desconheço esta lista."
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