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Basquete inicia boom de eventos esportivos
Além do Mundial feminino, SP vê Abertos e Troféu Brasil de atletismo
Para os 3 eventos, Secretaria da Juventude investiu R$ 3,4 milhões, quase 30% do total repassado pelo Ministério do Esporte por ano à pasta
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo vive, a partir de
amanhã, maratona de eventos
esportivos. Na terça, começa o
Mundial feminino de basquete
na capital e em Barueri. No
mesmo dia haverá a cerimônia
de abertura dos Jogos Abertos,
em São Bernardo, às 19h. Os
dois eventos acabam dia 23.
Não bastasse isso, de 21 a 24,
a pista do Ibirapuera será sede
do Troféu Brasil de atletismo.
São três dos quatro maiores
eventos da Secretaria de Estado da Juventude em 2006. Só a
finalíssima da Copa do Mundo
de ginástica artística, em dezembro, não será agora.
"No complexo do Ibirapuera,
o torcedor poderá assistir ao
Mundial de basquete, às disputas de atletismo dos Jogos
Abertos, que serão em São Paulo, e ao Troféu Brasil", diz Antônio Carlos Pereira, coordenador de Esportes da secretaria.
Só para esses 15 dias foram
investidos R$ 3,4 milhões. Ou
seja, 28,3% dos R$ 12 milhões
anuais repassados pelo Ministério do Esporte, maior fonte
de renda da pasta. "Dividimos
esforços para fazer o melhor.
Mas será difícil. Trabalharemos como nunca", diz Pereira.
O Mundial de basquete será o
torneio mais caro. Para trazer a
competição -a disputa estava
marcada para o Rio-, a secretaria gastará R$ 2,5 milhões.
O Estado é o maior investidor do evento, que também levou verba do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico
Brasileiro. Não bastasse isso, a
Nossa Caixa (banco estadual)
comprou cota de patrocínio.
"Os custos ficarão entre R$
2,8 milhões e R$ 3 milhões",
contabiliza Gerasime Bozikis, o
Grego, presidente da Confederação Brasileira de Basquete.
Para abrigar os jogos, o Estado, em parceria com a CBB e
usando lei de isenção fiscal, importou novo piso para o Ibirapuera. "Compramos da Mondo
a um custo de R$ 170 mil. É um
material de qualidade superior
ao que foi usado em Saitama",
conta Pereira, citando o ginásio
que abrigou os mata-matas do
Mundial masculino de basquete, encerrado dia 3, no Japão.
"Esse piso ficará de legado e,
como é removível, poderá ser
emprestado a outras cidades."
O Estado promoveu obras no
Ibirapuera, com impermeabilização da cúpula do ginásio, melhoria da iluminação e reforma
dos vestiários. O gasto maior,
porém, foi com o pagamento de
hospedagem e alimentação das
16 delegações: R$ 1,7 milhão.
Nos Jogos Abertos, cujo
maior investidor foi a Prefeitura de São Bernardo, o Estado liberou R$ 600 mil. No Troféu
Brasil, serão gastos R$ 300 mil.
"Tentamos adiar os Jogos
Abertos, mas eles estavam marcados há um ano. E o Troféu
Brasil classifica para o Sul-Americano [da Colômbia], na
semana seguinte ", diz Pereira.
Com tantas opções, o temor é
que não haja público. Por isso
uma cota de 2.000 ingressos
para os jogos do Mundial será
distribuída nos colégios da capital -o Ibirapuera tem capacidade para 11 mil pessoas. Barueri adotará solução similar.
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