São Paulo, segunda-feira, 11 de setembro de 2006

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Basquete inicia boom de eventos esportivos

Além do Mundial feminino, SP vê Abertos e Troféu Brasil de atletismo

Para os 3 eventos, Secretaria da Juventude investiu R$ 3,4 milhões, quase 30% do total repassado pelo Ministério do Esporte por ano à pasta

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo vive, a partir de amanhã, maratona de eventos esportivos. Na terça, começa o Mundial feminino de basquete na capital e em Barueri. No mesmo dia haverá a cerimônia de abertura dos Jogos Abertos, em São Bernardo, às 19h. Os dois eventos acabam dia 23.
Não bastasse isso, de 21 a 24, a pista do Ibirapuera será sede do Troféu Brasil de atletismo.
São três dos quatro maiores eventos da Secretaria de Estado da Juventude em 2006. Só a finalíssima da Copa do Mundo de ginástica artística, em dezembro, não será agora.
"No complexo do Ibirapuera, o torcedor poderá assistir ao Mundial de basquete, às disputas de atletismo dos Jogos Abertos, que serão em São Paulo, e ao Troféu Brasil", diz Antônio Carlos Pereira, coordenador de Esportes da secretaria.
Só para esses 15 dias foram investidos R$ 3,4 milhões. Ou seja, 28,3% dos R$ 12 milhões anuais repassados pelo Ministério do Esporte, maior fonte de renda da pasta. "Dividimos esforços para fazer o melhor. Mas será difícil. Trabalharemos como nunca", diz Pereira.
O Mundial de basquete será o torneio mais caro. Para trazer a competição -a disputa estava marcada para o Rio-, a secretaria gastará R$ 2,5 milhões.
O Estado é o maior investidor do evento, que também levou verba do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro. Não bastasse isso, a Nossa Caixa (banco estadual) comprou cota de patrocínio.
"Os custos ficarão entre R$ 2,8 milhões e R$ 3 milhões", contabiliza Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da Confederação Brasileira de Basquete.
Para abrigar os jogos, o Estado, em parceria com a CBB e usando lei de isenção fiscal, importou novo piso para o Ibirapuera. "Compramos da Mondo a um custo de R$ 170 mil. É um material de qualidade superior ao que foi usado em Saitama", conta Pereira, citando o ginásio que abrigou os mata-matas do Mundial masculino de basquete, encerrado dia 3, no Japão.
"Esse piso ficará de legado e, como é removível, poderá ser emprestado a outras cidades."
O Estado promoveu obras no Ibirapuera, com impermeabilização da cúpula do ginásio, melhoria da iluminação e reforma dos vestiários. O gasto maior, porém, foi com o pagamento de hospedagem e alimentação das 16 delegações: R$ 1,7 milhão.
Nos Jogos Abertos, cujo maior investidor foi a Prefeitura de São Bernardo, o Estado liberou R$ 600 mil. No Troféu Brasil, serão gastos R$ 300 mil.
"Tentamos adiar os Jogos Abertos, mas eles estavam marcados há um ano. E o Troféu Brasil classifica para o Sul-Americano [da Colômbia], na semana seguinte ", diz Pereira.
Com tantas opções, o temor é que não haja público. Por isso uma cota de 2.000 ingressos para os jogos do Mundial será distribuída nos colégios da capital -o Ibirapuera tem capacidade para 11 mil pessoas. Barueri adotará solução similar.


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