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Vitória põe hepta na luta por outro título
Estratégia da Ferrari faz diferença de Alonso para Schumacher ir a 2 pontos
Depois de punição antes da corrida, espanhol vê motor de sua Renault estourar e
novato polonês subir ao pódio pela primeira vez
DO ENVIADO A MONZA
No dia do anúncio da despedida, uma vitória à la Schumacher. Conquistada na estratégia dos boxes. Com folga na linha de chegada. E entremeada
por polêmicas e acusações de
seus principais adversários.
Mais: uma vitória com cheiro
de título, que colocou o alemão
definitivamente na luta pelo
octacampeonato. Havia sete
GPs, a vantagem de Fernando
Alonso na ponta do Mundial
era de 25 pontos. Com o resultado de ontem, é de apenas 2.
Coincidência ou não, o ponto
de virada do campeonato foi
Indianápolis, onde Schumacher disse ter tomado a decisão
de parar. Até então, em nove
provas, Alonso tinha seis vitórias, contra duas do ferrarista.
De lá para cá foram seis corridas: quatro triunfos do piloto
alemão e nenhum do espanhol.
Se os dois adversários mantiverem o ritmo na próxima etapa, Schumacher sairá da China,
no dia 1º de outubro, com a liderança do Mundial, algo que ele
não saboreia desde 2004.
Para a Renault, porém, há
muito mais na derrocada do
que azar, má fase ou mérito dos
rivais. A escuderia acusa a FIA
de manipular o campeonato
para dar o título ao alemão.
"Decidiram que Michael será
campeão. Comparado à F-1, o
escândalo no futebol italiano
me faz rir", afirmou Flavio
Briatore, diretor da equipe
franco-inglesa, antes da prova.
Alonso foi duro. "Não considero mais a F-1 um esporte."
O motivo da ira, a punição
imposta ao espanhol anteontem: perdeu cinco posições no
grid porque os comissários do
GP consideraram que ele atrapalhou volta lançada de Massa.
A bronca perdeu um pouco
de sentido após a prova. Alonso
abandonou na 44ª volta com o
motor estourado, quando era o
terceiro. Segundo a equipe, o
propulsor estouraria mesmo se
ele fosse o líder -não foi culpa
do tráfego pesado que encarou.
Segundo no grid, Schumacher viu o pole, Kimi Raikkonen, manter a ponta, mas não
se abalou. Manteve um distância segura do finlandês, na casa
de 1s5, e deu o bote na primeira
das duas janelas de pit stops.
O piloto da McLaren entrou
nos boxes na 15ª volta. Schumacher aproveitou a pista livre
para acelerar e, na 17ª, entrou
para trocar pneus e reabastecer. Voltou à pista já na frente.
Com as primeiras posições
fechadas, o show coube a Alonso e Robert Kubica. Saindo em
décimo, o espanhol chegou à
zona de pódio na 42ª volta, mas
logo depois uma nuvem de fumaça denunciou o abandono.
Bom para Schumacher, ruim
para Massa. O brasileiro, que
era o quinto, pegou óleo do rival
no asfalto e foi parar na área de
escape, danificando os pneus.
Teve de ir para os boxes e terminou só em nono, sem pontos.
Kubica seria o grande nome
do dia não fosse o anúncio ferrarista. Em seu terceiro GP, foi
de sexto para terceiro na largada. Defendeu-se de Massa e
Alonso e fez o primeiro pódio
polonês na F-1. Como que para
mostrar que existe vida pós-Schumacher.
(FÁBIO SEIXAS)
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