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Morumbi admite injetar verba pública
Novo projeto prevê construção de edifício anexo, e comitê paulista afirma que espaço pode ser viabilizado pelo governo
Proposta original para o estádio, enviada à Fifa em fevereiro, previa a utilização de dinheiro do governo só em obras de infraestrutura
CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo projeto do Morumbi
para a Copa de 2014 não descarta a utilização de dinheiro
público para adequar o entorno
do estádio às exigências da Fifa.
Apresentada à entidade no
último dia 4, a nova proposta
prevê a construção de um edifício comercial, com garagem,
anexo à arena e com área de
50.000 m2, em frente à praça
Roberto Gomes Pedrosa.
A construção é apresentada
como saída para uma das exigências Fifa: um espaço de
85.000 m2 no entorno do Morumbi para abrigar espaços para patrocinadores, autoridades,
meios de comunicação e VIPs.
De acordo com o novo projeto, o prédio, com quatro pavimentos, reunirá estacionamento para 1.200 veículos, vestiários, zona mista, espaços
VIP e escritórios da entidade.
Para viabilizar o edifício, os
andares de garagem serão
construídos e explorados pela
iniciativa privada, segundo o
comitê de São Paulo para a Copa. A área comercial, nos dois
últimos pavimentos, poderá
ser erguida pelo setor público.
"A urbanização da praça ficará a cargo da prefeitura e será
um legado da Copa. A parte comercial do prédio também pode ser feita pelo governo ou por
uma PPP (Parceria Público-
-Privada). Estamos discutindo
isso, mas vamos esperar a aprovação do projeto na Fifa antes
de tomarmos uma decisão",
disse Caio de Carvalho, coordenador do comitê de São Paulo.
Alvo de críticas, o projeto
original do Morumbi, enviado à
Fifa em fevereiro, previa que só
haveria emprego de dinheiro
público em obras de infraestrutura, não em instalações para
adequar o estádio à Copa.
No início desta semana, o secretário-geral da Fifa, Jérôme
Valcke, afirmou considerar inviável que o estádio são-paulino seja palco de partidas de
destaque no Mundial, devido à
falta de espaço em seu entorno.
Mas, segundo Adalberto
Baptista, diretor de marketing
do São Paulo, a nova proposta
para o Morumbi atinge as metas da entidade e oferece a área
exigida para patrocinadores,
convidados e imprensa.
"Antes, era uma espécie de
maquiagem, sem mexer tanto
na estrutura. Agora apresentamos novas construções, com
tudo o que foi pedido pela Fifa", declarou Baptista.
Para isso, além da construção do edifício-garagem, o novo projeto prevê um estacionamento para caminhões de televisão a 30 metros do estádio e a
utilização de uma área de
35.000 m2, dentro da área social do clube, como espaço de
hospitalidade para patrocinadores e convidados VIP, com
instalações provisórias para
abrigar restaurantes e lojas.
Segundo Baptista, o novo
projeto cede a todas as exigências feitas pelos inspetores da
Fifa aos membros do comitê
paulista em seminário realizado em 21 de agosto, no Rio.
"Estávamos insistindo em algumas posições que considerávamos corretas, como a manutenção dos nossos vestiários,
mas a Fifa não aceitou. Então,
fizemos as mudanças", disse.
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