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Gol no final de Zapata apaga a redenção de Hugo
Millonarios vence aos 40min em jogo que são-paulino protagonizara o lance mais belo do time numa copa chocha
São Paulo 0
Millonarios 1
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Que azar teve Hugo.
Aos 7min do segundo tempo,
ele havia perpetrado um lance
único, que, sozinho, o teria redimido de sua dívida com a torcida e a entidade são-paulina.
Se o São Paulo x Millonarios
tivesse acabado 0 a 0 e fosse
lembrado algum dia, seria pelo
momento em que, dentro da
área, Hugo deu um chapéu estiloso, de aba curta -verdadeira
cartola- no defensor Salinas,
próximo à linha de fundo.
Não só cingiu a cabeça do zagueiro colombiano como também deu um misto de passe e
tapa de pelica, sobre o goleiro
Blandón, em direção à trave
oposta. Bola que não soube entrar, bola que o atacante Diego
Tardelli não pôde cabecear, já
que fora obstruído por dois adversários, mas que silenciou os
menos de 7.000 presentes.
Uma jogada de tamanho cavalheirismo com a bola que em
momento algum lembrou o rude e destemperado meio-campista que, em 1º de setembro,
acertou uma cusparada nonsense em Goiano, quando o placar gritava 6 a 0 no Morumbi.
Devido àquele ato desleal, o
STJD tirou de cena o futebol do
meia no Brasileiro por 120 dias,
foi criado um problema para
um técnico que já tem um elenco reduzido, e a Hugo restou,
até o fim do ano, ser escalado
nos jogos de uma copa até hoje
vista como de pouco apelo.
Hugo só teve um problema,
chamado Zapata.
Na única chance que teve,
aos 40min do segundo tempo,
ele conseguiu fazer o que Souza, Miranda, Jorge Wagner, Júnior e Richarlyson puderam fazer e não fizeram, uma vez cada
um, nas 16 finalizações que o
São Paulo teve ao logo do jogo.
E aí, um jogo fácil contra um
Millonarios limitado e desinteressado virou a terceira derrota
seguida do time do técnico Muricy Ramalho, algo que não
ocorria no clube desde 2003.
Num jogo que, até o minuto
do gol de Zapata, era um amistoso de luxo controlado pelo
São Paulo em sua casa.
Nesse amistoso, Júnior, sumido desde 15 de agosto contra
o Figueirense, teve a chance de
mostrar que ainda tem futebol.
Nesse jogo, Muricy deu vaga
a Tardelli. Nesse jogo, o goleiro
era Bosco, e não Rogério.
Nesse jogo, Hugo tinha que
dar sentido a seu fim de ano.
Caso o São Paulo deixe a Sul-Americana, o meia, que tem
contrato até fim de 2009, sai de
férias. Ao menos não atuou diretamente na saraivada de gols
desperdiçados ante Blandón.
Com a derrota, o São Paulo
precisa vencer por 2 a 0 ou por
um gol de diferença, a partir de
2 a 1. Ao meia Hugo, não restará
outra missão a não ser contagiar o time em Bogotá.
Porque, no sábado, contra o
Fluminense, no Rio, o jogo é de
Brasileiro, e ele não pode brincar com o resto do time.
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