São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2010

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Fora do roteiro

Corinthians perde para o 17º colocado, e Adilson Batista sai por desentendimentos com atletas e pressão de torcida organizada e de dirigentes

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Corinthians vai buscar hoje outro técnico para dirigir o time até o final do Campeonato Brasileiro. A passagem de Adilson Batista pelo clube acabou ontem à noite, após a derrota por 4 a 3 para o Atlético-GO no Pacaembu.
Foi o quinto jogo seguido sem vitória do Corinthians no Nacional. Mas a queda de Adilson foi determinada por fatores como desentendimento com jogadores, descontentamento de aliados de Andres Sanchez e a pressão da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube.
"O treinador nos procurou", foram as primeiras palavras de Mario Gobbi, em entrevista coletiva logo após o jogo. Durante cerca de meia hora, o cartola sustentou que a saída do técnico se deu por "comum acordo" -o termo também foi usado pelo presidente Andres Sanchez.
Mas o próprio Adilson Batista deu a entender que havia sido demitido. "O que um técnico faz quando é demitido? Vai para casa, ver televisão", disse o treinador, também em entrevista coletiva.
Adilson Batista assumiu o Corinthians em agosto, após a ida de Mano Menezes para a seleção brasileira. Pegou a equipe na primeira posição do Campeonato Brasileiro.
Após 17 jogos, deixa o time em terceiro lugar. Foram sete vitórias, quatro empates e seis derrotas -rendimento de 49%. Sob o comando de Mano, o time havia somado 73% dos pontos disputados.
"É claro que eu queria ser campeão brasileiro", declarou Adilson. "Mas a vida é assim, o futebol é assim."
Sanchez e Gobbi afirmaram que não sabem quem vai dirigir o Corinthians contra o Vasco, na quarta-feira, em São Januário. Hoje à tarde, há treino marcado para as 16h, mas ninguém soube dizer quem vai comandá-lo.
"Vamos trabalhar com os profissionais que estão no clube", comentou Sanchez rapidamente, enquanto caminhava para seu carro.

DINHEIRO
O contrato de Adilson Batista com o Corinthians iria até dezembro de 2012 -ele ganhava R$ 250 mil mensais.
Segundo a Folha apurou, o acordo só previa o pagamento de multa no caso de o técnico ter sido demitido. Em caso de "demissão consensual" ou pedida pelo treinador, não há qualquer pagamento pela rescisão.
Ao assinar com o Corinthians, há dois meses, Adilson também fez um acordo para receber parceladamente uma dívida de seus tempos de jogador no clube.
Eram dois processos, que somavam quase R$ 1,5 milhão, que o técnico receberia parceladamente até o fim de seu vínculo com o alvinegro.


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